Beatlemania Nacional BH Beatleweek 2014 Entrevistas Músicos e Produtores

Entrevista: Marcus Romariz, da BlueBeetles Band

bluebeetles

Uma das sensações da BH Beatleweek 2014 foi a banda carioca BlueBeetles, que participaram do evento com duas apresentações (na Savassi e na boate Circus), com um som empolgante e variados, inclusive com algumas faixas inusitadas das carreiras solo, que geralmente causam uma sensação de agradável surpresa ao público. Em uma rápida entrevista, Marcus Romariz nos falou um pouco mais sobre a trajetória de uma das bandas cover mais elogiadas do país.

Conheci a BlueBeetles na BH Beatleweek 2014, mas vocês também já tocaram na Beatleweek original. Que comparação você faz das duas?

Já tocamos 4 vezes na BeatleWeek de Liverpool, de 2010 a 2013. Em BH, tocamos agora pela segunda vez. No primeiro ano da de BH, estávamos tocando no Cavern de Buenos Aires, na Beatleweek da Argentina. São muitas semelhanças entre as duas. O Aggeu Marques, uma pessoa sensacional, tem longa experiência de tocar em Liverpool, tem muitos fãs por lá. A Beatleweek de BH foi criada no modelo de Liverpool e a cada ano que passa se torna maior e vislumbro aqui num futuro próximo que será um dos maiores eventos musicais da América do Sul. Está apenas começando… mas começando muito bem, de forma muito organizada e prazerosa para todos, músicos e público.

Por favor, faça um resumo da trajetória da banda e dos músicos.

Em Dezembro de 2008 queria comemorar o meu aniversário tocando e arrecadando donativos. Contratei um trio que tocava de tudo e fizemos um ensaio só tocando Beatles. Esse evento tinha uma caneta como convite e tinha que colocar um nome e assim criei o nome BlueBeetles Birthday.

O Show foi um sucesso e quando terminou todo mundo ficou me ligando para continuar tocando e por aí foi. Desse show foi gravado um vídeo, que foi editado e foi parar nas mãos do Ray Johnson, que estava visitando o Rio de férias em Janeiro de 2010. No início de Fevereiro recebi um e-mail dele me convidando para tocar na Beatleweek. Fiquei uns dias sem dormir. Até hoje me lembro dos detalhes daqueles shows e da viagem.

Quanto aos integrantes, a BlueBeetles atual mantém os integrantes iniciais exceto na guitarra solo. Já tivemos alguns guitarristas, mas penso que hoje temos a formação ideal. Formamos hoje um time de amigos que se juntam para se divertir e que emocionam o público.

Mário Vítor, um baixista fantástico que toca guitarra, piano, gaita, bateria e outros. Um músico completo, além de ser parecido com o Paul Mccartney – o que é uma atração à parte.

Marcus Romariz, sou eu que faço a guitarra rítmica e canto algumas poucas canções do Lennon, pois tenho a voz muito grave. Toco baixo em algumas canções que o Mário vai para o piano.

Danilo Fiani, guitarra solo muito habilidoso e cuidadoso. Excelente cantor e muito carismático. É o galã da banda. No fim do show as meninas sempre estão em polvorosa com ele.

Quanto a bateristas, essa é uma história longa. Nosso baterista do primeiro show era o Maurício Borioni (que tocou no Superstar da TV Globo). Ele não podia ir para Liverpool em 2010 e então chamei o Felipe Coe, que topou na hora. O Felipe tocou conosco em todos os anos que tocamos em Liverpool, porque ele está morando na Europa. Aqui no Rio quem está tocando conosco é o Moacir Nogueira. No meu aniversário, na sexta última, estavam todos os três, cada um tocou uma parte. Foi sensacional! Na BH BeatleWeek quem tocou conosco foi a Carol Lima (Superstar da TV Globo), porque todos os outros estavam ocupados.

Para vocês, quais os melhores momentos da BHBW 2014?

O que eu mais gostei em BH foi o show do Aggeu no teatro tocando o Band on the Run. O Mário Vítor deu uma canja sensacional. O Gary Gibson, que sempre é muito bom de se ver e ouvir. E a banda de Juiz de Fora que tocou na praça Savassi o Sgt. Pepper inteiro… sensacional. [Trata-se da Beatles Rock]

O repertório de vocês cobre todos os discos dos Beatles e ainda algumas de carreiras solo. Como escolheram as músicas da BH Beatleweek 2014?

Escolhemos as músicas juntos. Cada um traz a sua sugestão e batemos o martelo juntos. Tocamos músicas de todos os álbuns. Em Liverpool, em 2012, fomos citados na revista BillBoard como a única banda do festival a se aventurar na carreira solo, porque tocamos “Figure of Eight” e “Letting Go”. O público foi ao delírio. Não fazemos distinção entre Beatles e carreira solo, se ela se encaixa no nosso tipo de som e se todos gostam da música,,, tocamos. O Mário Vítor tem um timbre vocal muito parecido com o do Paul, o que nos facilita para tocar a parte solo dele. O Danilo tem um timbre à lá Harrison o que nos ajuda também neste quesito solo.

Vocês já tem shows agendados para 2015? Onde serão?

Estamos de Férias agora e provavelmente tocaremos na PUC no evento comemorativo ao Rooftop Concert dia 30 de Janeiro.

Notei que as bandas “de figurino” estão ficando meio fora de moda, e estão se preocupando mais em impor seu estilo próprio. Vocês estão nesse grupo, confere?

Desde nosso início estimulei que cada um criasse seu espaço e usasse a roupa que se sentisse melhor. Iniciamos com os coletes e hoje em dia variamos dependendo do evento. Cada um tem liberdade para usar a roupa que quiser. Acho que essas bandas de terninho já estão meio fora de moda. Respeito, mas não curto muito.

O Rio de Janeiro sempre teve boas bandas cover locais. Vocês se relacionam entre si? Não haveria uma chance de um evento semelhante à BHBW no Rio?

Temos amizade com algumas bandas aqui no RJ e acho que daria para fazer um evento desses aqui. Fiz uma experiência em março trazendo a Nube 9, da Argentina, para mim uma das melhores do mundo. Fizemos dois shows com eles aqui totalmente lotados. Eles já estão me ligando para vir de novo em 2015. Acho que vamos aumentar o número de bandas. Em breve falarei mais sobre isso. O Mallagoli fez um evento aqui num Shopping center conosco, que foi um arraso. Parecia o Maracanã, de tanta gente. 2015 promete.

Um dos maiores fãs da Bluesbeetles que encontrei foi o Adal Henrique. Como é ter uma lenda como essa no seu rol de admiradores?

O Adal Henrique faz parte do nosso grupo de amigos, ao qual devemos tudo. A essas pessoas como ele, a Fatyma Silva, o Gustavo Vilarinho, a Mary Squires, o Cláudio Moura, o Eduardo Brocchi e muitos outros (a lista é muito grande) devemos tudo o que conseguimos até hoje. É uma honra para nós ter sempre estas pessoas nos shows, comentando no Face etc. Eles nos emocionam muito e são a nossa maior razão de existir. Somos muito gratos a todos eles.

Uma das coisas mais bacanas em um evento como esse é o fato de conhecermos pessoas incríveis, concorda?

Em Liverpool tirei uma foto com o Tony Sheridan, com o Will Lee (baixista americano da banda do David Letterman. Ele toca na banda Fab Faux, para mim, junto com a Nube 9, uma das melhores do mundo); a Julia Bird, irmã do John Lennon, conheci pessoalmente e tenho fotos também; O Pete Best também tirei fotos com ele, assim como o Gary Gibson (cover do Lennon) – tenho muitas fotos com ele desde 1999, da primeira vez que fui a Liverpool para assistir ao Festival. Tinha um cover do Paul, chamado Lawrence Gilmour, com quem também tenho fotos (ele já veio ao Brasil uma vez, junto com o Gary). Conheci, conversei e fotografei o Allan Willians, o primeiro empresário dos Beatles, uma pessoa adorável. Não poderia deixar de lembrar dos amigos Carlos Chaves e do Claudio Vargas, pessoas muuuuuuito importante para nós. Termino aqui com um muito obrigado pela oportunidade. Você é um grande Beatlemaníaco, sou seu fã há muitos anos.

Os BlueBeatles intrepretam “My Bonnie” e deixam a platéia empolgada!

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