RIO – Recém-formado — ainda com a idade de muitos universitários — o jovem Victor Willcox Rosa, de 22 anos, será o mais novo procurador nomeado da história da Procuradoria Geral do Município.
Victor se formou há pouco mais de um ano, quando começou a se dedicar ao concurso para a procuradoria. Apesar de já ter estagiado em um escritório de advocacia, ele sempre soube qual caminho queria seguir após a formatura.
— Cheguei a estagiar em outra área, mas, quando me formei, só pensei em estudar muito para poder ser procurador, não me imagino fazendo outra coisa — afirma o jovem.
Para Victor, o concurso era apenas o primeiro passo de uma longa jornada que viria pela frente. Um resultado ruim, logo na primeira fase, até o fez repensar os estudos e o objetivo.
— Não passei de primeira, logo na primeira fase. Isso abala muito. Quem faz concurso passa anos fazendo provas — conta.
A cerimônia de posse de acontecerá na próxima terça-feira, quando ele se torna, oficialmente, funcionário do município, com um salário base de R$ 15 mil. Apesar da pouca experiência, Victor garante que está pronto para ocupar o cargo.
— É um desafio, sei que vai ser pesado, mas tenho força de vontade e estudei muito para isso — garante o novo procurador.
Experiência em conquistas precoces
Não é de hoje que o jovem procurador comemora suas conquistas antes do tempo previsto. Aos 16 anos, antes mesmo de se formar no ensino médio, Victor Rosa se classificou, em 17º lugar, para o curso de Direito da UERJ.
Com o resultado, Victor entrou para um supletivo e já ingressou na faculdade. Quando questionado sobre suas habilidades no estudo, o novo procurador garante que sempre esteve muito atento a todas as aulas e mantinha uma rotina de estudos, deixando todas as matérias atualizadas.
— Nunca deixei nada para o último momento. No concurso fui estudando ao longo da faculdade porque já sabia qual era meu objetivo — garante.
Desde novo, quando já acompanhava o pai, também advogado, na profissão, ele tinha certeza de que sua meta não seria fácil.
— Tive meu pai como exemplo, mas o que importou era o que eu pensava — explica o jovem.
Enquanto não começa a nova rotina no trabalho, Victor aproveita a praia e os amigos, que ficaram em segundo plano. Com a conquista do maior sonho, o jovem garante que para por aqui.
— Cheguei onde queria. Agora pretendo continuar na procuradoria e me aperfeiçoar — comemora.
Rotina entre muitos livros e exercícios
Nem só de estudos é feito um bom concurso. Victor garante que o segredo para obter bons resultados, além da dedicação intensa aos estudos, é arranjar uma rota de fuga que não atrapalhe o resto da rotina. Ele encontrou sua saída na corrida.
— Eu acordava e já abria logo um livro, chega uma hora em que a gente precisa descansar a cabeça. Nessa hora eu corria — explica.
Durante exatamente um ano, Victor trocou as noites com os amigos pelas noites de estudos. Em seu apartamento, em Niterói, todos os cantos são repletos de livros de Direito.
— De vez em quando dava até tempo para comer e dormir — brinca o jovem.
Mas o novo procurador garante que todo o esforço valeu a pena. No mesmo dia em que recebeu o resultado, ele saiu para comemorar.
— Soube que tinha passado lá mesmo. Depois da última etapa da prova, todos os candidatos saíram para beber — conta.
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