O grupo EMI anunciou hoje que o Citigroup assumiu o controle da gravadora e da sua holding Maltby Acquisitions Limited (MAL). Imediatamente após a aquisição o Citigroup realizou uma reestruturação do capital da empresa.
Como resultado da reestruturação de capital, a dívida da empresa foi reduzida em 65%, de 3,4 bilhões de libras (cerca de 9,1 bilhões de reais) para 1,2 bilhões de libras. A EMI ainda passou a ter um excesso de 300 milhões de libras disponíveis em dinheiro. A nova estrutura de capital proporciona à EMI “a força e a flexibilidade financeira necessárias para continuar sua estratégia de maximizar o valor para os artistas que atende”, segundo a empresa.
“A reestruturação de capital da EMI pelo Citi é um passo muito positivo para a empresa. Isso nos deu um dos mais robustos balanços da indústria, com um pequeno nível de débito e substancial liquidez”, disse Roger Faxon, CEO da EMI, em comunicado.
“Nosso objetivo é que a EMI tenha sua melhor performance para seus acionistas ao longo do tempo”, disse Stephen Volk, vice- presidente do conselho de administração do Citi, que será o novo presidente do conselho de administração da MAL, em comunicado. O grupo EMI continua sob a mesma gestão e está completamente separado do seu antigo dono, o private equity Terra Firma
Em 2007 o Citigroup emprestou dinheiro para o private equity Terra Firma, de Guy Hands comprar a EMI. O Terra Firma assumiu o controle da empresa em agosto do mesmo ano. A passagem do controle para o Citigroup já era esperada, segundo o jornal Wall Street Journal, em decorrência do imbróglio entre Guy Hands e o Citi. Como apesar de endividada a empresa ainda tem artistas importantes e um grande catálogo de canções para licenciar, há firmas de private equity e gravadoras rivais interessadas em comprá-la, e o Citigroup pode vendê-la, segundo o jornal. Os selos pertencentes à EMI incluem artistas como os Beatles, Beastie Boys, Coldplay, Iron Maiden e Pink Floyd.
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