Eu vi um Beatle! (Fabiano Barile)

As notícias começam, será que dessa vez é verdade? Na internet, nos jornais e em alguns  canais de TV davam que Sir Paul McCartney estaria em terras brazucas, mas como isso já teria acontecido no passado eu ainda via isso com cuidado, mas rezando para que dessa vez fosse verdade.

Os rumores aumentavam, a agonia também e junto disso a ansiedade, dessa vez tinha que ser verdade e era minha chance de estar próximo de um cara que sempre esteve próximo de mim, e era verdade, foi confirmado um Beatle viria ao Brasil agora era comprar um ingresso e ir ao encontro desse show qu seria o show da minha vida.

Paul chega a Porto Alegre, não pude ir, acompanhei pela internet a luta pelos ingressos e as aventuras dos nossos amigos em terras gaúchas, em cada post, em cada e mail eu vibrava com as histórias contadas por meus amigos “virtuais”, me identificava com cada história de fã que eu lia. Após o final dessa etapa, era aguardar o show de SP.
Os dias passam e enfim chega o final de semana onde Sir McCartney estaria em SP, o dia era 19 de Novembro de 2010, começam a chegar as pessoas em Sampa, os “amigos “virtuais”, alguns que eu conhecia há mais de 10 anos (tão fãs quanto eu)  começam a sair das telas dos computadores e vão chegando, se tornando reais,e assim, a espera que seria dolorosa se torna mais agradável, na companhia dessas figuras.

Chega dia 21, Domingo, acordei cedo, dormi pouco, faltavam poucas horas para realizar um sonho. A hora chega, coloco minha camiseta do site, saio de casa. Ao chegar próximo do estádio e ver o número de pessoas com camisetas dos Beatles minha perna bambeia, encontro os amigos, muitas fotos alegria e entramos no estádio.
Ainda era cedo as horas demoram a passar, enfim escurece e os telões começam a passar as fotos (algumas muito legais) com vários remixes de música dos Beatles e do velho Macca, mas que me deixou com mais ansiedade, pois parece que não acabava. Quando menos se espera eis que se escuta “And in the end, the love you take, is equal to the love you make…”

As luzes se apagam, o estádio todo grita e eis que sem nenhum alarde surge no palco Paul, aquele mesmo dos Beatles, aquele que parecia longe, distante, estava ali, diante dos meus olhos que nessas alturas já estavam cheio de lágrimas.
Começa o show com Venus and Mars, Rock Show, Jet, All My Loving, Letting Go e eu parecia um menino, chorando demais, só me recuperei em Drive My Car, para desabar de novo em The Long and Winding Road.

E assim foram as 3 primeiras horas em companhia de um Beatle, um estádio lotado, cada um a das pessoas sendo um universo diferente sentir emoções iguais, em momentos diferentes e demonstrar isso sem medo sem ter vergonha. Lágrimas, risos, companheirismo, amizade, foi mágico, a magia Beatle estava presente, estava dentro de cada uma das 65.000 pessoas que ali estavam.

21/11/2010 – O Dia que eu vi um Beatle… e foi demais!