Beatlemania Nacional

Fã dos Beatles, menino de 10 anos diz que conheceu banda por engano

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Toda manhã, João Pedro Gomes Duarte, de 10 anos, acorda ao som da música Help, dos Beatles. São só os primeiros minutos das 24 horas regadas ao som do grupo britânico. E tem sido assim desde que ele descobriu a banda por engano. É tanta paixão que, no carro, a família estabeleceu a “Lei do fone de ouvido”: ninguém mais aguentava ouvir as mesmas músicas.

A paixão do menino de Guarapuava, na região central do Paraná, começou há quase quatro anos. “Um dia, estava jogando videogame e tocou uma música no rádio do carro que eu dirigia no jogo. Perguntei ao meu pai quem cantava e ele disse ‘Beatles’”, lembra ele. Foi, então, que o interesse pelo quarteto teve início.

Meu pai errou, me falou a banda errada. Foi o melhor erro que ele já cometeu na vida: me apresentar aos Beatles
João, ao falar sobre o início do gosto pela banda

Pesquisando, João descobriu que a música do videogame não era dos Beatles, mas aí já era tarde demais. “Meu pai errou, me falou a banda errada. Foi o melhor erro que ele já cometeu na vida: me apresentar aos Beatles”, brinca João.

E ele lembra, até hoje, qual foi a primeira música do grupo que ouviu: Come Together. Desde então, o menino dedica boa parte do dia à banda: conhece a história de cada músico e de cada música, saber decor quase todas as letras e tem elogios e críticas a tudo e todos na ponta da língua.

“A Yoko veio para avacalhar com tudo. Foi ela quem acabou com os Beatles”, comenta o menino sobre a polêmica que envolve a viúva de John Lennon, Yoko Ono. Lennon é, inclusive, o beatle preferido de João – o menino até mandou fazer óculos parecidos com os que o músico usava: redondos.

João já aderiu ao mesmo corte de cabelo do Paul McCartney – no estilo tigela. Além de imitar a aparência dos ídolos, ele coleciona objetos relacionados ao grupo: são DVDs, CDs, livros, canecas, pôsteres, camisetas, fotos, entre outros. Beatles está em toda a parte, desde a tela do computador às fantasias de Halloween.

O quarteto, inclusive, foi tema da última festa de aniversário. Os amigos, que costumam ouvir funk e sertanejo, não curtiram muito.

“Já tentei fazer com que eles ouvissem as músicas, mas não adiantou. Eles estranham o meu gosto musical”, relata o menino. Para a festa, foi encomendado um bolo com a foto de John, Paul George e Ringo.

De todas as músicas, João garante que sabe cantar a maioria e diferenciar a voz de cada integrante. A preferida é Day Tripper.

“Quando ele começou a ouvir, não sabia nada de inglês. Depois, ficou praticamente fluente”, conta a mãe Sabrina Gomes Duarte, de 49 anos. João conta que, além da língua, aprendeu lições que pretende levar para a vida – principalmente as de Lennon sobre amizade.

“Eu sei que nem tudo que vem deles é coisa boa. Eu li que usavam drogas. Quero aprender com o erro que eles cometeram e nunca fazer o mesmo”, afirma ele. A paixão pelo quarteto incentivou João a aprender a tocar guitarra e a querer ser um rockstar.

A irmã conta que, por um tempo, pensou que tudo não passasse de uma fase. “Hoje, ele fica mais ocupado com a escola, mas houve um tempo em que tocava Beatles o dia inteiro em casa. Nós acabamos nos acostumando e também gostando mais da banda”, relata a irmã Melody Gomes Duarte. Ela conta que o filho, de dois anos, já pede para o tio colocar “bixtóu” para tocar.

“Beatles faz com que eu me sinta bem, não sei explicar a razão, mas até durmo melhor quando ouço as canções. Queria muito ter nascido na época em que eles tocavam, nos anos 60, e ter assistido a um show, ter pedido um autógrafo”, lamenta o garoto, que diz não se contentar com os covers.

Para ele, ninguém supera o Beatles, apesar de gostar bastante também de Creedence Clearwater Revival e de Led Zeppelin. “Nunca me canso de ler sobre eles. Quanto mais eu sei, mais descubro que ainda falta muito para conhecer tudo. E quanto mais escuto, mais tenho certeza de que eles são a maior banda da história”, conclui João.

Fonte: G1

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