Em princípio, parece ser uma boa notícia: Ringo Starr e sua All Starr Band estão devidamente ensaiados para a atual turnê, que chega ao Brasil nesta quinta-feira (10). Ou, melhor dizendo, “muito bem ensaiados”. Palavra de Rick Derringer, guitarrista do conjunto, em entrevista ao G1, por telefone. Mas então ele prossegue, e vem um comentário que talvez desaponte o fã disposto a encontrar algum elemento de espontaneidade nos shows: “Ringo quer tudo perfeito. Será sempre o mesmo set list [nos shows]”. E o beatle baterista fará sete shows por aqui… Começa em Porto Alegre, e na sequência vêm São Paulo (12e 13), Rio de Janeiro (15), Belo Horizonte (16), Brasília (18) e Recife (20).
O guitarrista Rick Derringer elogia seus companheiros de All Starr Band, a banda do ex-beatle Ringo Starr, dizendo que são “como um time profissional de basquete”
Era uma quinta-feira, e Derringer, assim como os demais integrantes da banda, estava em Santiago, no Chile, onde à noite aconteceria a segunda apresentação da turnê. A estreia ocorreu no México, dois dias antes. As críticas iniciais publicadas na imprensa foram pouco animadoras, mas Derringer não parece fazer caso. Importa-lhe mais – ao menos é o que se entende por suas declarações – a impressão do público. O argumento do músico, agora, não é propriamente técnico: “A audiência [mexicana] esteve ótima, foram vendidos todos os ingressos”.
Faltou dizer que jogo estava ganho desde muito antes de subirem no palco – as entradas, cerca de dez mil, esgotaram-se em coisa de horas. “Se o resto da turnê for assim, será fantástico.” De sua parte, a All Starr Band busca retribuir com “competência na execução das músicas”, afirma Derringer. E o que há de Beatles, no repertório?
Ele confirma o que temos visto nos shows iniciais do giro latino-americano: “I wanna be your man”, “Yellow Submarine”, “Boys” e “With a little help from my friends” – além de “Honey don’t”, de Carl Perkins, e “Act Naturally”, de Johnny Russell e Voni Morrison, ambas gravadas pelo quarteto de Liverpool. Todas ficaram conhecidas na voz do ex-baterista. Elas, no entanto, não são as únicas que ele canta no repertório da turnê. Das 23 presentes no repertório, Ringo assume 11. E praticamente todos os demais músicos têm espaço para números vocais próprios, de suas antigas bandas.
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