O ex-Beatle George Harrison morreu em Los Angeles, aos 58 anos, por causa de um câncer na garganta, disse Gavin De Becker, um amigo de longa data do guitarrista, à Associated Press. “Ele morreu com um pensamento – amar uns aos outros”, disse De Becker. A mulher do músico, Olivia Harrison e o filho Dhani, 24, estavam com ele na hora da passagem, à 13h30 de ontem (19h30, pelo horário de verão no Brasil). Com a morte de Harrison, restam apenas dois Beatles: Paul McCartney e Ringo Starr. John Lennon foi morto em 1980 por um fã.
A família de Harrison emitiu a seguinte nota: “Ele deixou este mundo assim como ele viveu, conscuente de Deus, sem medo da morte, e em paz, cercado pela família e por amigos. Ele frequentemente dizia: ‘Tudo mais pode esperar, mas a busca por Deus não pode esperar, e amem uns aos outros”.
Não está claro se se haverá um funeral público para o ex-Beatle. Uma cerimônia privada já está sendo realizada, disse De Becker.
Em 1998, quando Harrison revelou que estava fazendo tratamento contra o câncer na garganta, ele disse: “Isso nos lembra que qualquer coisa pode acontecer”. No ano seguinte, ele sobreviveu a um ataque de um homen que entrou em sua casa e lhe desferiu várias facadas. Em julho deste ano, ele divulgou um comunicado pedindo para que os fãs não se preocupassem com sua luta contra o câncer.
O trabalho de Harrison foi essencial para o sucesso do grupo, embora as músicas compostas pelo guitarrista não tenham alcançado tanto destaque quanto as canções elaboradas pela dupla Lennon-McCartney. Ainda assim, o guitarrista é o autor de clássicos como “Here Comes the Sun” e “Something”.
Harrison foi considerado “o Beatle tranqüilo”. Sempre gostou mais de ser músico do que celebridade, e rapidamente se cansou da “Beatlemania”.
Em sua autobiografia “I, Me, Mine”, publicada em 1979, ele disse: “Os Beatles estavam condenados. O mais importante que uma pessoa tem é seu próprio espaço. É por isso que estávamos condenados, pois faltava-nos espaço. Éramos como macacos em um zoológico”.
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“Give Me Love “