Heather Mills, a ex-mulher de Paul McCartney, acusou ontem à noite, quarta-feira, um jornalista de topo do “Daily Mirror” de ter usado pirataria informática para aceder às mensagens o seu telefone durante a sua relação com o ex-membro dos Beatles.
O escândalo das escutas ilegais usadas por jornais ingleses para obter notícias ganha assim uma nova vertente. Se até agora as acusações se restringiam ao braço britânico do News International – o império de media de Rupert Murdoch -, Heather Mills aponta agora o dedo ao grupo “Trinity Mirror”.
Heather revelou ontem à noite no programa “Newsnight”, da BBC2, que no início de 2001, quando ainda era apenas namorada de McCartney e após uma discussão – numa altura em que até estava de viagem na Índia -, o ex-Beatle tinha-lhe deixado uma mensagem no telemóvel para tentar fazer as pazes. Mais tarde um jornalista do “Daily Mirror” telefonou-lhe, citou as palavras de Paul e pediu-lhe que comentasse.
Hether, que um ano depois viria a casar-se com McCartney, revelou que quando perguntou ao jornalista como é que ele sabia o que Paul tinha dito, este acabaria por admitir que tinham “pirateado” o telefone dela. De acordo com Heather, o jornalista não precisava de o ter admitido, uma vez que ele começou “a citar, palavra por palavra, as mensagens da sua caixa de correio de voz”.
“É óbvio que vocês piratearam o meu telefone e se fizerem alguma coisa com esta história… faço queixa à polícia”, disse Heather ter ameaçado. Foi então que o jornalista admitiu o acesso ilegal e prometeu não publicar nada, conta a ex-mulher de McCartney.
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