Os ingressos para os shows de Paul McCartney no Brasil merecem um tópico à parte. Nunca a venda de ingressos teve tanta repercussão quanto dessa vez. Senão, vejamos alguns tópicos interessantes que me lembro sobre eles:
Truques publicitários
Desde o primeiro momento, garantir sua entrada para os shows foi um processo sofrido. Em Porto Alegre, a empresa ingresso.com dava, em primeiro momento, prioridade para sócios do Internacional e assinantes do jornal Zero Hora. Puro truque publicitário, pois uma senha, distribuída no site oficial de Paul McCartney, também concedia o privilégio para quem comprava no modo “Fan Club”. Para São Paulo, a mesma novela: prioridade para clientes Bradesco ou… pra quem tiver a senha cedida pelo site oficial.
Entrega
Acompanhei o sofrimento de vários fãs, na angústia da espera pela entrega dos ingressos via correio. Mas aparentemente, tudo deu certo e depois dos shows, não conheci ninguém que tenha deixado de entrar por falta de ingresso.
Diferenças
O ingresso do show de Porto Alegre era um pouco maior que o de São Paulo. E as diferenças não param por aí:
Ingresso de Porto Alegre
O de Poa era uma impressão simples, muito fácil de falsificar com essas atuais máquinas impressoras. Todos traziam, além das informações básicas (preço, horário, data, foto,setor, portão, etc.), as marcas da Planmusic, DCSet e Grupo RBS. Até há uma faixa holográfica e um código de barras, que foram solenemente ignorados pelos bilheteiros do Beira Rio. Uma pequena ponta picotada, com o nome do setor em destaque, teoricamente seria destacada. Mas ao invés disso (para nossa alegria) eles mantiveram os ingressos inteiros, apenas fizeram um furo. Imagino que muitos foram REALMENTE falsificados, e é bem provável que seus portadores tenham conseguido entrar! Aliás, devo dizer: já vi xerox colorida fazer cópia de melhor qualidade do que a impressão original do ingresso de Porto Alegre. Um mimo para os falsificadores.
Ingressos de São Paulo
Já os de SP, apesar de menorzinhos, são muito mais seguros e bonitos. Pra começar, possuem uma impressão com holografias sobrepostas por toda a sua superfície. Isso foi muito útil para que eu pudesse reconhecer – em um segundo – uma cópia pirata que uma pilantra tentou vender pra uma amiga. Impossível para os bandidos reproduzir isso numa falsificação. Na parte destacável, O código de barras teve utilidade: na bilheteria, era destacado pela própria máquina. Nas versões falsificadas, era uma vergonha aquilo que tentaram fazer, até um cego perceberia que aquilo era muito mal feito,várias linhas idênticas e mal traçadas. Fico pensando na quantidade de vítimas que esses bandidos podem ter lesado com os ingressos falsos, pois todos eles foram barrados pelos leitores das bilheterias.
Meia ou Inteira?
Que, comprou meia entrada fez a festa! Naquela muvuca que foram as filas, tanto no Beira Rio quanto no Morumbi, NINGUÉM ousou pedir carteira de estudante pra ninguém. Ah, se eu soubesse!
Cambistas barateiros
Quem viu ofertas de ingressos no Mercado Livre, com preços de até R$1800,00, pode até ter pensado que conseguir ingressos seria missão impossível, fora das garras dos cambistas sangue-sugas. Engano: no Beira Rio vi cambista desesperado para vender ingressos para Pista Prime (R$603) por R$350. No Morumbi eu só tinha garantido o ingresso para o dia 22, então no dia 21, já escolado pelas observações em Porto Alegre, aguardei serenamente até as 20h, quando consegui comprar um ingresso quentíssimo para Arquibancada Vermelha (um lugar maravilhoso,diga-se) que custaria R$200 por… R$200!!! E o cambista até fez questão de me levar ao portão, mó gente fina!
O maior de todos os souvenirs
Durante os 3 shows, pude observar a quantidade de camisas e lembranças lindas que eram vendidas nas portas dos estádios. As lojinhas oficiais também ofereciam itens de deixar um fanático como eu babando. Mas qualquer herói da classe operária que saia duas vezes do interior da Bahia nessa aventura woodstickiana (rumo a Porto Alegre e São Paulo), sabe que a grana é contada. Então, preferi resistir a todas as tentações, para garantir mais um ingresso. Na minha cabeça, era muito mais vantagem ver os dois shows de SP do que ver apenas um e voltar com a sacolinha cheia. Tenho certeza que tomei a decisão correta. Se não estou lotado de camisetas, programas, bandeiras e impressos lindos, guardo feliz os souvenirs mais importantes para mim: as lembranças daqueles 3 shows inesquecíveis gravadas na cabeça, várias fotos com os amigos e, claro, 3 pedacinhos de papel (os ingressos), que para mim, valem mais do que qualquer relíquia nesse mundo!
Ingressos: uma novela à parte (JC)
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