A separação dos Beatles, dada originalmente em 1970 e legalmente em 1974, não foi resultada de um consenso geral de todos os participantes do grupo musical. Segundo May Pang, ex-assistente pessoal de John Lennon, fundador e principal vocalista da banda, o cantor hesitou muito antes de assinar o contrato que definiria o fim do quarteto, ainda em 1970.
“John não queria assinar. No dia marcado para a reunião, ele enrolou até o último minuto e acabou decidindo não comparecer. Ele repetia ‘não consigo assinar, eu simplesmente não consigo assinar”, afirmou Pang durante o festival International Beatleweek, realizado em Liverpool, Inglaterra.
Segundo o Estadão, uma reunião foi marcada em 1970 para finalizar oficialmente o término da banda. Todos os membros deveriam se reunir em Nova York, exceto Starr, que já tinha assinado o contrato anteriormente. O problema é que Lennon – que não queria o fim da banda – não compareceu ao local, apesar de morar poucas quadras dali.
“George estava possesso, porque ele tinha feito uma longa viagem para resolver a situação, e John preferiu não ir. Recebemos a ligação de um dos presentes ao encontro e ele disse que George repetia sem parar que nunca perdoaria John por não ter ido”, disse a ex-assistente de John. Com isso, o contrato só foi assinado alguns meses depois, em dezembro, durante uma viagem para a Disney.
Todas a declarações foram dadas no International Beatleweek. O evento será realizado até a próxima terça-feira (8), em Liverpool, cidade onde se deu o início do quarteto, em 1960.
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