Do JC Online
Ao chegar no Chevrolet Hall, na noite do último domingo, os fãs do ex-beatle Ringo Starr recebiam um pequeno kit com balões coloridos e três folhas de papel: uma com a fotografia do baterista; uma com o seu nome; e outra com o símbolo de paz e amor. O pequeno manual, feito e distribuído por um grupo de beatlemaníacos, era bastante instrutivo: “Na música Yellow submarine levantamos as bolas amarelas” era um dos seis pontos abordados. Tudo para receber bem o baterista Ringo Starr, o “menino de Liverpool”, primeiro beatle a fazer show no Recife.
Há algo de curioso no show de Ringo, que também pode ser observado nas apresentações de Paul McCartney no Brasil: a mistura de públicos. Senhores e senhoras com mais de 60 anos cantavam ao lado de crianças de 10 anos, que conheceram o músico através dos pais, tios, primos. Carolina Montenegro, por exemplo, tem 12 anos e começou a escutar as músicas do grupo de Liverpool influenciada pela tia, Juliana Montenegro. “Ela queria ter ido para o show de Paul McCartney no ano passado, em São Paulo, e esse ano, no Rio de Janeiro, mas não deu para levá-la. Então, prometi que se um ex-beatle viesse ao Recife, eu a levaria para o show. Logo depois, a apresentação de Ringo foi confirmada na cidade”, lembrou Juliana, que estava no Chevrolet Hall ao lado do primo João Montenegro.
“Fui para o show de Paul McCartney no Rio de Janeiro. Hoje minha empolgação é menor, mas acho que as pessoas ignoram Ringo como um beatle. No entanto, ele tem a sua participação e importância na história da música”, afirmou João. Carol, por sua vez, estava ansiosa para escutar Yellow submarine. Ela não era a única a querer músicas dos Beatles no repertório do show. “Vale a pena ver o show porque ele é um beatle”, afirmou Cristiana Costa, ao lado do marido Alfrânio Barros e dos primos.
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