Hello crazy people…
Eu vi os dois shows do Paul em SP. No dia 21, fui de pista comum e fiquei um pouco longe do palco. Mas vi o Paul. Vi ele entrando de terno azul… e vibrei, gritei, pulei, chorei… o show pirotécnico de Live And Let Die era lindo lá de trás. Dava pra ver os fogos no alto do palco.
No dia 21, na fila, minha namorada estava com fome. Fui procurar alguma coisa pra comer, e cheguei à entrada principal do estádio e me deparei com um cordão policial. Pensei: “O Paul vai chegar”. Corri pra trás e chamei um amigo que estava comigo, que é outro doente. Quando o carro do Paul chegou e ele saiu pela janela acenando, eu fiquei parecendo o Chaves… tive que sentar na guia, tremendo e chorando. Não acreditei naquilo…
No dia 22, consegui a Prime com a Joelma. E fiquei a uns 15m do palco… encontrei até o Rafael Godói, que depois me ajudou a roubar o meu próprio carro, porque a chave estava trancada dentro. Quando entrei na prime, encontrei o Martinelli, o Fróes e o Henrique Porto. Vi o Max mais ao fundo… conheci o Marcio Holanda. Tenho certeza que estávamos em mais gente ali. O show pirotécnico de Live And Let Die, dessa vez, foi mais quente. E em “Bluebird”, eu estava ao lado do mesmo cara que estava comigo quando vimos o Paul chegando. Gritamos e pulamos. Gritei “I love you Paul” algumas vezes… e posso jurar que em alguns momentos eu o senti olhando nos meus olhos. Em “Hey Jude” nós aparecemos no telão ao fundo.
Eu ainda não acredito muito no fim de semana todo. Anna Guirro, Talma, Almirante, Teran, Maestro, JC… e por aí vai… não quero esquecer de ninguém. Mas já não lembro de muita coisa. Hoje foi extremamente difícil me concentrar no trabalho. E gostaria de deixar bem claro que a JOELMA É CULPADA DE TRANSFORMAR O QUE SERIA O PIOR DIA DA MINHA VIDA NO MELHOR DE TODOS.
E eu pude ver o Paul ali. Logo ali. Tocando pra 65 mil pessoas fanáticas por ele… e com a atitude mais rock de todas. Tão à vontade quanto eu no meu quarto. Só alguém desse naipe pra fazer algo assim. O cara que está na capa do meu disco preferido, o cara que está em todos os vídeos históricos, o cara que me fez virar músico, o cara que me fez ser o que sou, que me ensinou muito daquilo que eu sei, a pessoa viva que mais me influenciou, o cara que eu levei uma foto ao cabeleireiro, o cara que – segundo dizem – eu imito até pra fumar. Estava ali, materializado em minha frente, a pessoa que só fazia parte de sonho e imaginação.
Ele existe. E é humano. E por alguma fração de segundos, ele soube da minha existência.
Antigamente eu pensava: “Antes de morrer, quero ver o Paul, os Stones e o Bob Dylan”. Hoje, que já vi os três, penso: “Antes de morrer, tenho que ver o Paul de novo”.
E é isso.
Abraços e beijos a todos os amigos.
Vitor Suman
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