Rio – Imagina só que sonho é para um beatlemaníaco gravar ou ter seu disco mixado ou masterizado no mítico estúdio Abbey Road, em Londres, onde os Beatles registraram seus grandes sucessos. “Por ser um negócio tão utópico, em princípio nem me permiti levar isso a sério. Já estava levando minhas músicas para o estúdio de um amigo, quando resolvi clicar no site do Abbey Road. A surpresa foi constatar que, no Brasil, a masterização está quase mais cara que no melhor estúdio do mundo. Vi, então, que não era nada impossível”, descreve o guitarrista Luiz Lopez.
Músico da banda de Erasmo Carlos, ele acaba de estrear solo, liberando no YouTube duas músicas — ‘Já Não Quero Mais’ (com participação de Dadi, do Novos Baianos, no baixo; e Guto Goffi, do Barão Vermelho, na bateria) e ‘Vai’ — que farão parte de seu primeiro CD, ‘Primal’, a sair no mês que vem.
O lançamento vem junto com a dissolução do trio Filhos da Judith, no qual militou no underground carioca por anos e cujos integrantes, o baixista Pedro Dias e o baterista Alan Fontenele, também acompanham o Tremendão. “A gente faz até melhor agora o trabalho com o Erasmo, já que não precisamos mais ficar tratando dos problemas da banda. Minha cabeça mudou, tivemos o nosso ‘Let It Be’”, avalia Lopez, citando o disco que é a marca do fim dos Beatles.
E, contrariando a célebre frase do ídolo John Lennon que “o sonho acabou”, ele celebra, além da masterização em Abbey Road, o encontro com Roberto Carlos, no mais recente especial de fim de ano do Rei na Globo: “Fora das câmeras, ele é um cara que surpreenderia a maioria das pessoas. Muito doce e solícito, ele sabe as responsabilidades que vêm com a fama e o quanto ele é um ídolo nacional, mas faz questão de se dirigir às pessoas olhando no olho, e aperta a mão com força. É como se ele pensasse: ‘Sei tudo o que você acha de mim, mas aqui eu sou um cara igual a você.’”
Fonte: O DIA
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