Em nova entrevista à Rolling Stone, Sir Paul McCartney falou o que pensa sobre o assassino de John Lennon e afirma que não há perdão para o que ele fez.
“Acho que eu poderia muito bem perdoar qualquer outra pessoa. Mas não vejo razão pela qual eu ira querer perdoá-lo. Esse é o cara que fez algo tão louco e extremo. Por que eu deveria abençoá-lo com o perdão?”, disse McCartney.
John Lennon foi assassinado com cinco tiros na entrada do edifícil Dakota onde morava em Nova York, em 8 de dezembro de 1980. O criminoso cumpre prisão perpétua.
Lembrando John como sua melhor parceria musical, Paul afirma que, de alguma forma, ainda “tem uma conversa” com Lennon quando se sente inseguro na hora de compor.
“Se estou em um ponto (da composição) em que não tenho certeza, vou para o outro lado da sala até John. Ele dirá: ‘Pode ir por esse caminho, cara’. E eu direi: ‘Você está certo. Que tal assim?’. ‘Sim, desse jeito é melhor’. Teremos uma conversa. Não quero perder isso”, diz Macca.
Paul sempre admitiu a influência de John Lennon, mesmo póstuma, em algumas de suas canções. Sobre a faixa “The World Tonight”, do álbum “Flaming Pie” (1997), ele comentou na época que o verso “I go back so far I’m in front of me” (Eu vou tão longe que estou na minha frente) era algo que Lennon aprovaria. “Não sei de onde isso veio, mas se eu tivesse escrito com John ele diria: ‘Ok, deixe este verso. Não sabemos o que significa, mas no fundo sabemos'”.
Ainda falando à revista Rolling Stone, Paul McCartney comentou novamente sobre a presença de Yoko Ono no estúdio durante as gravações dos Beatles e afirma não guardar rancores.
“Eu pensei: ‘Se John a ama, tem que ser alguma coisa. Ele não é idiota’. O que fazer? Você vai guardar um rancor que realmente nunca teve?”, disse o músico. “George (Harrison) me disse: ‘você não quer esse tipo de coisa rondando a sua vida'”.
Atualmente, Paul trabalha da divulgação de seu novo álbum, “New”.
Comente