Paul no Rio em 2011.
Hora de fazer planos, contas, contatos. Domar a ansiedade desta vez foi o menor dos trabalhos. Difícil mesmo foi aceitar que sairia da rodoviária e não do aeroporto, que veria o show da pista comum e não da prime, que iria sozinha e não rodeada de amigos.
“Toda escolha exige uma renúncia”…
Ao sair de São Paulo rumo ao Rio de Janeiro, descobri que a viagem passa mais do que por lugares, passa por pessoas e suas histórias. Eu ganhei algumas à espera do grande dia. Andei de ônibus, dormi na sala, conversei com estranhos. Vi a cidade de outro ângulo, celebrei a amizade, ganhei novos amigos.
Mas o objetivo ainda estava por vir. Fiz coro com 45 mil pessoas e expressamos um sentimento único: “You say goodbye and I say hello”. Então ao som de Let it Be, tudo se tornou mais claro e a vida fez mais sentido. Aos primeiros acordes de Hey Jude, enchi meu balão de felicidade e o lancei sobre olhos brilhantes, corações disparados, rostos emocionados.
E foi somente na estrada de volta pra casa, admirando a paisagem, que me dei conta da magia da música. Paul é um fim que engrandece meus meios.
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