Paul no Brasil 2010

Paul em SP: Souncheck dia 21 (José Renato)

 
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Neste show de São Paulo eu combinei com minha mulher Adriana e meu filho Daniel que iríamos juntos. Eu disse que queria ir de Pista Prime, mas ela disse que a Prime era muita muvuca e que preferia ir de Pista Comum com o Daniel, que tem 13 anos. Ok. Ela me disse que compraria o ingresso da Prime para mim e eu fiquei incumbido de comprar a Pista Comum para ela.

No dia de abertura da venda eu fui para um computador e ela foi para outro. No balanço das compras: ela comprou minha Pista Prime e eu não consegui comprar a Pista Comum para eles. Desespero total e fui imediatamente para a nossa lista Beatles Brasil. Veio um anjo do céu chamado Joelma, que tinha comprado ingressos a mais e gentilmente repassou para mim. Mas o que isso tem a ver como Soundcheck do Paul? Tudo!

Minha mulher, no domingo, dia 21 de novembro as 10h, me entrega uma carta dizendo que na verdade ela não tinha comprado somente uma Pista Prime para mim, mas a Pista Prime com direito ao Soundcheck, o chamado pacote HOT PRIME. Perdi a fala. Só uma pessoa muito especial poderia abrir mão de ver o show comigo e ainda por cima me dar um presente tão significativo. Estamos casados há 19 anos e sempre achei que vale cada momento juntos.

Li rapidamente as condições gerais da carta, falando por onde eu entraria, quais os procedimentos com máquinas fotográficas, etc, etc. Estava lá bem claro que eu deveria chegar no Portão 5, entre as 12:30 e 13:30 horas para o check in. Mas a ansiedade falou mais alto e as 11h eu peguei um taxi e já as 11h30 eu estava no Estádio. Dei uma rodada geral, vi algumas pessoas conhecidas e senti o clima, estava todo mundo feliz e excitado.

Foi quando minha ficha realmente caiu e que eu iria ver um SOUNDCHECK do Paul. Comecei a chorar de felicidade e de agradecimento. As vezes acho que tenho muita sorte por ter podido fazer coisas que poucas pessoas podem…. mas isso são outras histórias!

Cheguei então no Portão 5 por volta das 12h e havia uma fila de aproximadamente 10 pessoas, que já estavam no sol. Como imaginei que essa fila não estaria grande, fui para o outro lado da rua e fiquei sentado lá esperando o tempo passar. E a fila foi aumentando aos poucos, mas nada de incomodar.

De repente vejo do outro lado da rua o JC e o Imediato Seixas. Gritei para os dois e contei a novidade para eles. Ficamos conversando um bom tempo, colocando a prosa em dia, sobre o CFA e as pessoas que estavam no Litlle Darling. De repente o JC liga para o Marcelo Fróes e o mesmo já estava chegando ao portão 5, pois iria também ao Soundcheck. De repente vejo o Marcelo, vamos até ao encontro dele e ele está com o Ricardo Martinelli. Apresentei-me ao Marcelo e ficamos conversando um pouco antes de ir para a fila, que tinha nesse momento umas 80 pessoas, de todas as idades e locais do Brasil. Isso já era meio dia e quinze dia e o sol estava de rachar.. Ficamos conversando e o Imediato ainda ligou para Angola para fazer uma reportagem ao vivo para seu programa além mar… Depois ficamos nós 5 conversando mais um pouco e eles foram embora, pois o JC ainda não tinha ingresso… Esse JC!!! [Nota do JC: Realmente, mas consegui comprar uma arquibancada de R$200 na mão de um cambista camarada. O ingresso do dia 22 já tava garantido, só o do dia 21 eu tive que comprar na hora. Tudo deu certo, graças a deus!]

Na fila veio um segurança dizendo que não poderíamos entrar com nenhum alimento, pois teria alimentação especial para nós lá dentro. Joguei então minhas barras de chocolates fora; além do que; elas já estavam em estado líquido por causa do calor infernal…. E a ansiedade só aumentando…

De repente, por volta das 12:45 horas a fila começou a andar e eu já estava suando de nervoso. O segurança ainda perguntou se a minha máquina fotográfica era profissional e eu disse que não. E eu estava muito preocupado e com medo de tomarem minha máquina que é semi-profissional. Mas o Marcelo nessa hora me tranqüilizou, dizendo que era para eu ficar calmo e não demonstrar insegurança. E eu fiz isso. Quando chegou minha vez de entrar o segurança pediu que eu mostrasse a máquina e disse tudo bem… Que alívio.

Para a primeira atendente entreguei a carta que a Etix havia mandado para minha mulher, eles localizaram meu nome e pegaram um envelope timbrado e personalizado, assinei uma lista onde já estava meu nome e me entregaram um envelope com um ingresso Pista Prime e um ingresso escrito Drink.

Marcelo entrou tranquilamente e Ricardo havia esquecido a carta da Etix e estava preocupado se conseguiria entrar sem ela. Mas no final deu tudo certo, eles são muito organizados e já tinham a lista. Fomos conduzidos a uma porta, onde havia um grande cartaz e Marcelo Fróes tirou uma foto minha. Entramos por um corredor e em um local havia umas lindas garotas nos entregando o resto do material:

– Uma sacola de pano, escrita Paul McCartney.
– Um livro da excursão.
– Um boné preto escrito Paul McCartney.
– Colocaram uma pulseira na amarela escrita Pista Prima e outra pulseira na vermelha escrita HOT SOUND.
– Além disso nos deram um crachá especial, lindo, escrito Paul McCartney – Up and Coming Tour.

Fomos conduzidos a um grande salão onde já havia algumas pessoas e 21 mesas para 10 pessoas. Conta rápida: teria 220 pessoas para ver o Soundcheck.

Sentamos na mesa eu, Marcelo Fróes e Ricardo Martinelli e outras pessoas. Também estavam lá a nossa querida Audrey e sua irmã mais velha (sic); havia um ar condicionado agradável, começaram a servir deliciosos tira-gostos vegetarianos e refrigerantes. De vez em quanto eu perguntava: – Tem uma picanha aí? E a garçonete educadamente falava que a comida era do Paul McCartney e que ele era vegetariano! Kkkkkkkkk rimos demais.

Depois de alguns momentos chegou um responsável pelo evento nos deu voas vindas e disse que tudo aquilo havia sido montado para nós e que dentro de algum tempo o Paul McCartney faria um show especial para nós. E a cada momento a ficha ia caindo um pouco mais e a emoção também. Ele também disse que responderia as perguntas que as pessoas tivessem dúvidas, etc, etc.

Nesses momento começou a ser servido um delicioso almoço vegetariano e fomos para a fila. Como já era aproximadamente 13h, enchemos os pratos e aproveitamos a situação. E estava realmente muito gostoso. Repetimos com outras comidas e realmente valeu a pena. E para nosso desespero ainda apareceu um delicioso bolo de chocolate e frutas naturais.

Agora era esperar pelo Soundcheck. Continuamos no mesmo lugar e aproveitamos o momento para contar casos, tirar dúvidas e colocar os papos em dia. Eu e Marcelo Fróes combinamos de gravar e filmar o Soundcheck na medida do possível. Ele me disse que o pessoal ficava de olho e que precisaríamos de muito cuidado para que as nossas máquinas não fossem tomadas; e que isso fatalmente aconteceria caso nós insistíssemos da filmagem.

Quando foi 14h15 horas o pessoal chamou, deu as instruções gerais de procedimento, o que podia e o que não podia fazer, fomos ao banheiro e nos preparamos para o momento único. Depois de uns 15 minutos, formamos uma fila. Eu corri e fiquei em 13º lugar e o Marcelo e o Ricardo um pouco mais atrás. Uma pena que separamos, pois ficamos separados até o final do show.

Depois de uns 20 minutos na fila nos conduziram por um labirinto e nos informaram que estávamos indo para o gramado, pois a banda já havia chegado. Neste momento eu ainda consegui ficar um pouco melhor e quando entrei no estádio estava em 4º lugar o que me deu a oportunidade de ficar bem no centro do palco. E a banda, sem o Paul, já estava tocando. Ficamos entre a Pista comum e a Pista Prime (FOTO 12), um corredor para segurança e bombeiros, ou seja a uns 40 metros do palco. O sol estava de rachar e a emoção quase sufocando a gente.

Ajeitei as minhas coisas, olhei no relógio e já eram exatas 15h (FOTO 13). Peguei minha filmadora e comecei a gravar. Os músicos já estavam tocando uma Jam e ela durou mais uns 20 minutos, com muita guitarra, teclado. O Abe cantou algumas coisas e brincou com a gente. Depois começou outra Jam de aproximadamente 4 minutos, com mais teclado e nada de Paul. A banda parou, retiraram os instrumentos e ficamos esperando. O cameraman do palco virou a câmera para nós e ficou nos mostrando no telão. E vai tempo e nada de Paul… E mais tempo e nada de Paul, ansiedade geral de todos.

De repente, do lado esquerdo, de terno preto e óculos escuros, aparece ele. Gritei feito um doido de emoção e felicidade. Ele olha para o pessoal do Soundcheck e vai dar um abraço no Brian. Falam alguma coisa e ele volta e dá um abraço no Rusty. E a gente não parava de gritar e aplaudir. Ele vai para o microfone e fala “Oijenteee!”.

Lá do fundo vem o John Hammel e entrega a guitarra vermelha brilhante para o Paul. Ele olha outra vez para nós e começa a cantar “Honey Hush”, e aí a banda entra rasgando. Uau, que prazer ver e ouvir o Paul cantar com pouco barulho. Bom demais! Ele canta depois “Honey Don’t” e todo mundo fica emocionado com a voz do cara. E que banda! Esse pessoal é afiado demais e sintonizado demais com o Paul. Eles gostam do que estão fazendo. O Abe brinca o tempo todo e o Paul parece adorar.

Mas o melhor ainda estava por vir. Nós começamos a gritar nomes de músicas como “PENNY LANE”, “C MOON” e “MAYBE I’M AMAZED”. De repente ele começa a cantar “Flaming Pie”. Eu nunca imaginei que pudesse escutar isso ao vivo. E as guitarras rasgaram soltas. E eu continuei gravando tudo, fiquei de olho apenas no Brian (segurança geral do show) que ficava de olho em tudo e todos. Inclusive ele tomou a filmadora de uma pessoa que estava perto de mim e disse que iria apagar tudo e devolveria no final do Soundcheck. E ele tomou ainda uma cybershot de outra pessoa. O cara é uma águia que observa tudo e pede para alguém agir, quando ele não age.

E Paul conversava com o pessoal e eu continuava gritando “C Moon”. Mas aí veio”Magical Mystery Tour”, que eu imaginei que não estaria no show. Nesse momentom, chorei. Quanta emoção! Lembrei do dia que pisei em Penny Lane, em 2000!

De repente começamos a gritar “Penny Lane”, ele percebeu e disse que não se lembrava da letra, mas que iria tentar. Eu gritei:”I’ll help you!”. Nós quase morremos de alegria dele cantar essa. Olhei e todo mundo ao meu lado estava chorando. Catarse coletiva.

De repente ele disse que cantaria a próxima música para alguém e olhou para o seu lado esquerdo. Começou “Birthday”. Pensávamos que era para alguém da equipe. Depois ficamos sabendo que era o aniversário de Nancy Shevell, sua namorada.

E eu continuava a gritar “C Moon”. De repente, ao piano, ele atendeu meu pedido e cantou uma das músicas que mais gosto. Ele também gosta muito dela, pois toca em quase todos o soundchecks. Ele canta essa com um enorme prazer. É linda mesmo. Olhei para o meu lado direito e vi a Audrey, cantando também e vibrando muito. Ainda ao piano ele faz uma pequena improvisação e emendou com “Celebration”, que faz parte do Standing Stone. Mas essa versão era diferente. Ele colocou letra nela, e ficou bem legal – e como esse Paul toca bem piano!

Paul desce do Piano e John Hammel lhe entrega uma lindíssima guitarra vermelha, com a qual ele manda “I’m In Love Again,” com toda aquela energia e ainda por cima faz o solo de guitarra. Emocionante até o último acorde.

O John volta entrega para ele um lindo violão e outro para o Rusty. E uma das maiores emoções da minha vida quando ele começa a dedilhar “Every Night” (FOTO 16). Como eu poderia imaginar que algum dia Paul tocaria essa música para mim no Brasil??? Isso é mais que um sonho, é uma viagem! Belo vocal e o pessoal fez um backing de cair o queixo.

“Things We Said Today” foi a próxima e Paul fez um belo vocal e a banda tocou guitarras e fez os apoios para fazer a gente tremer. Mas o meu coração estava acelerado e acelerou mais quando o tape box começou com o som “Bluebird”. Tudo acústico e com todo mundo cantando. Como estamos em fase de divulgação de BOTR, nada melhor que essa maravilhosa música. E tinha quase 35 anos que ele não cantava essa.

Já era quase 17h30, quando a equipe nos mandou ir para o lado direito, pois o soundcheck já estava terminando e já íamos para os nossos lugares definitivos. Paul começou a tocar no seu ukelele “Dance Tonight”, apenas acompanhado por Abe na bateria. Esse versão curta teve apenas 40 segundos. Já estávamos do lado direito da Pista Prime, quando Paul começou a tocar “Something” no seu ukelele, sem mais ninguém. Ele tocou 40 segundos e disse “see you in the show, soundcheckers!”. Olhou para nós, deu tchau e foi para os camarins.

Sonho quase impossível realizado!

De repente a pessoa responsável nos liberou e corremos feito malucos para os nossos lugares definitivos. Eu fiquei no centro do palco, muito bem localizado, encostado na grade e apenas uns 8 metros do microfone onde o Paul cantaria a partir das 21h38 horas.

E ainda pedi ao Brian Riddle (chefe de segurança) tirar essa foto minha. (FOTO 17) E, eu que imaginei que estava vacinado contra fortes emoções, assistir a um soundcheck do Paul, no Brasil e poder pedir música – e ser atendido. Ainda estou sonhando e não quero acordar!

SOUVENIRS ADQUIRIDOS NO PACOTE HOT SOUND





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José Carlos Almeida

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