PORTO ALEGRE – Porto Alegre recebeu o show do ano na noite deste domingo. Com o Estádio do Beira-Rio completamente tomado por 50 mil pessoas, Paul McCartney entrou no palco com cinco minutos de atraso diante de uma ovação histórica.
Antes do show do Beatle, estava programada abertura pela dupla Kleyton & Kledir, que não ocorreu por “problemas técnicos, segundo informações da organização do evento. No lugar dos dois gaúchos, quem entrou na fogueira foi o DJ Pic Schmitz, ao lado do saxofonista da Banda Dublê, Vinicius Neto e do guitarrista Fred Mentz, todos também representantes do Rio Grande do Sul. Não escaparam das vaias na apresentação que durou 30 minutos e de um público que gritava “Kleyton & Kledir”.
Os portões para o show foram abertos às 17h30, debaixo de um sol e de temperatura que marcava 36 graus nops termômetros da capital gaúcha. Algumas pessoas aguardavam na porta do estádio desde a última quinta-feira. Outras chegaram à porta do Beira-Rio ontem mesmo e se protegiam de filas quilométricas – que davam uma volta completa no ginásio Gigantinho, localizado ao lado do Beira-Rio -, escondidas debaxo de guarda-chuvas.
Na porta do estádio, sobravam cambistas, que vendiam ingressos para a pista premium no valor de R$ 900. O valor oficial era de R$ 520. Em frente ao Bera-Rio, até um bar vendia entradas a preços mais altos do que os oficiais. em frente à entrada principal, dois argentinos vestidos de Paul e George Harrison se encontraram com um taxista clone de John Lennon e perguntaram: “John, cadê o Ringo?”. Ouviram a seguinte resposta em tom de piada: “Ele deve estar em Gramado ou em Pelotas, descansando”.
Até o início do show, eram muitas as ocorrências no ambulatório situado no gramado. A maioria dos casos era de desidratação, com pessoas desmaiando devido ao forte sol a que se submeteram ao longo da tarde. Faltando dez minutos para o começo do show, Mariella Tanibuchi, de 29 anos, foi carregada no colo pelo marido, após desmaiar. “A gente chegou às 18 horas, nem tinha mais sol. Tinha muita gente sentada, numa boa, mas depois houve uma aglomeração enorme perto do palco e eu comecei a passar muito mal”.
Outro caso mais grave, segundo a organização, foi de uma garota que teve uma crise de apendicite aguda, mas, mesmo assim se recusou a ser atendida e quis ver o show. Até 21h50, não houve ocorrências policias registradas pela Brigada Militar.
Comente