Paul no Brasil 2011

Paul McCartney estremece o Monumental de Lima

 
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Uma frase que pode resumir o acorrido na noite de Segunda-feira (09/05) no Estádio Monumental: a soma de todas as emoções e todos os desejos.

É que, nos últimos cinco ou seis anos que se vem organizando concertos – desde os mais esperados até os menos cotados -, nunca havia se instalado na capital peruana uma atmosfera tão carregada de ânsias e expectativas por uma megaestrela.

As quarenta e cinco mil almas que compareceram ao colosso do Universitario não cabiam em sua surpresa quando, pouco depois das 21h30, aquele ídolo que manteve sua distância por tantos anos, apareceu sobre o cenário brindando seu melhor sorriso e seu gesto de “moleque travesso” para se dirigir à eufórica concorrência: “Hola Perrou. Cómo están, perruanos? Estoy contento de estar aqui”.

Escutar um Beatle falar espanhol e ainda mais pronunciar o nome ‘Peru’, da sua maneira, não fez mais que provocar uma enorme ovação general do público.
Sir Paul McCartney abriu o esperado encontro com os súditos Hello, Goodbye, e com poucos segundos, o grito delirante da multidão pôde ser escutado até no céu, onde possivelmente descansam John Lennon e George Harrison, bastiões dos Fab Four, cujos espíritos se fizeram sentir na noite de segunda e com grande força.

Depois do ritual de abertura, o setlist seguiu com All My Loving e Drive My Car, para continuar logo com Sing The Changes e a setentista Let Me Roll It, que foi a responsável pelo ponto alto da primeira parte do concerto.

Papel fundamental na boa interpretação dos clássicos dos Beatles e de Wings cumpriu a banda que acompanha o ex-integrante da banda nessa turnê Up and Coming. Rusty Anderson e Brian Ray, nas guitarras, dão o toque com o tom roqueiro que imprimem as canções “fáceis de escutas” de Paul, enquanto que Abe Laboriel Jr. impacta por sua maestria e dinamismo ao tentar perfurar os bumbos, caixas e pratos.

Pelas mãos de esses virtuosos e experientes músicos, passaram clássicos como Band on the Run, Let It Be e Hey Jude; as pirotécnicas Live And Let Die e A Day In The Life/Give Peace A Chance agitaram a multidão que não se continha de felicidade.

O fim da festa de nostalgia pura veio com Get Back, Yesterday e Helter Skelter, com um Paul exigindo o máximo das cordas vocais. A assinatura final ficou a cargo de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e The End, cuja frase “The love you take is equal the love you make” (O amor que você recebe é igual ao amor que você doa), fez a todos abraçar a esperança que a noite maravilhosa se repeteria porque, com certeza, Paul McCartney deve ter sentido o afeto e o carinho de todos os peruanos antes, durante e depois de seu inesquecível concerto.

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Editor

José Carlos Almeida

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