Paul McCartney revelou que está tentando escrever uma música sobre os protestos que acontecem nos Estados Unidos depois que a justiça americana decidiu não indiciar policiais brancos responsáveis pela morte de dois homens negros desarmados, em Nova York e no Missouri.
“Eu estive pensando recentemente sobre esses protestos acontecendo em Nova York e em todo o país,” ele disse. “Eu pensei que seria ótimo escrever algo sobre isso, só para acrescentar minha voz à das milhares de pessoas nas ruas”, disse o ex-Beatle.
Apesar do histórico de ativismo social de Macca -vegetariano, apoia especialmente grupos de direitos dos animais, mas já se manifestou pedindo a libertação das roqueiras do Pussy Riot, na Rússia, por exemplo- o baixista afirmou que a música sobre Ferguson “não veio facilmente”. “Eu não estou desistindo dela, mas não veio com facilidade.”
Não é primeira canção política de McCartney: “Blackbird”, famosa música dos Beatles, foi escrita por ele e fala sobre o movimento pelos direitos civis nos anos 1960.
Os protestos começaram em Ferguson, um subúrbio pobre de St. Louis, capital do estado americano do Missouri, após a morte do jovem Michael Brown, 18, assassinado a tiros por um policial, apesar de estar desarmado. Um júri decidiu não indiciar o policial, branco, por homicídio e a população foi às ruas. Em Nova York, o também negro Eric Garner, 43, foi morto também por policiais brancos -que, assim como em Ferguson, não serão indiciados pelo homicídio. Garner teria dito “eu não consigo respirar” cinco vezes antes de morrer por sufocamento enquanto cinco policiais o imobilizavam. Segundo a polícia americana, os dois homens resistiram à prisão.
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