As peças são praticamente as mesmas, misturadas de outra forma. E assim segue Paul McCartney, de 76 anos, cheio de energia, reembaralhando as cartas que ele e os Beatles começaram a colocar no tabuleiro há mais de 50 anos, criando turnê atrás de turnê.
“Freshen Up Tour” é outra delas a voltar ao Brasil, a nona viagem de Paul a um dos países em que mais se apresenta no mundo. A banda, vale lembrar, está a seu lado há 15 anos, mais tempo do que existência dos Beatles. Uma espécie de grupo que se comporta como se fosse uma família, com Paul ‘Wix’ Wickens (teclados), Brian Ray (baixo/guitarra), Rusty Anderson (guitarra) e, este um monstro, Abe Laboriel Jr (bateria).
O repertório que vem sendo apresentado mostra a predominância da fase Beatles, seguida por uma presença forte dos Wings, sua banda pós-Beatles, e materiais de fases solos. Do disco novo, duas ou três canções. O que tem feito, em geral, são “Fuh You”, a segunda depois da abertura de “Hey Jude”, e “Who Cares” bem no meio da noite.
“Hey Jude” na abertura já seria uma revolução no conceito que ele vem mostrando nas últimas turnês. Começar um show com a catarse faz perguntar o que viria depois. Só Paul e mais dois ou três mortais poderiam fazer o mesmo. No mais, se nada mudar (algo que sempre acontece), será outro baile Beatles que o Allianz Parque vai receber nos dias 26 e 27 de março.
Fonte: Exame