Ringo Starr

Por pouco, Ringo não foi morar nos EUA, antes de entrar nos Beatles

A lenta burocracia da imigração da América pode ter mudado a história do Rockn’nroll. Quando Ringo Starr tinha 18 anos, ainda com seu nome de batismo Richard Starkey e trabalhando em uma fábrica no Reino Unido, ele e um amigo decidiram se mudar para os Estados Unidos para ficar mais perto dos músicos de Blues e Country que eles veneravam. Eles se concentraram em Houston quando souberam que era a casa do grande Lightnin ‘Hopkins.

“Achei que eles tinham uma fábrica lá onde eu também poderia trabalhar”, disse ao Wall Street Journal. Eles foram ao consulado americano e preencheram formulários de visto. Mas quando eles voltaram, ansiosos para pegar seus papéis e atravessar o oceano, “eles nos deram mais formulários”, lembra Starr. “Não sei se você já teve 18 anos, mas essa é a coisa errada a se fazer com adolescentes! Nós pensamos, ‘Mais formulários? Ratos!’ E nós os rasgamos e seguimos nosso caminho”.

Pouco depois, Starr se juntou ao popular grupo Rory Storm and the Hurricanes. “E daí em diante as coisas ficaram boas”, diz ele. Quando ele tinha 20 anos, a banda conseguiu um contrato para show de três meses, permitindo-lhe sair da fábrica. Dois anos depois se juntou aos Beatles, iniciando uma trajetória que mudaria o mundo. “Quem poderia saber?”, Starr diz com um sorriso irônico em seu estúdio caseiro em Los Angeles. “Isso é vida e portas de correr, não é? Você faz esta escolha ou aquela escolha… você vira à esquerda ou à direita. É tão aleatório!”.

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José Carlos Almeida

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