Seis amigos de uma universidade do Grande ABC poderiam ser apenas mais alguns entre os tantos fãs de Raul Seixas. Mas foram além. Estudantes de jornalismo, eles dedicam o trabalho de conclusão de curso para investigar por que a figura do roqueiro continua sendo aclamada pelas novas gerações – como é o próprio exemplo deles. A intenção é, depois, publicá-lo como livro-reportagem, com o título provisório Toca Raul – A Influência do Maluco Beleza nos Jovens.
Jéssica Roccella, 20 anos, nem era nascida quando o cantor morreu, em 1989. “O Raul fazia críticas através das músicas. Acho que por isso gostam dele, porque era uma pessoa incomum e mesmo assim muito humana”, diz. Raphael Rocha, 22, acredita que os fãs se identificam com sua forma de pensar. “Os jovens que gostam de Raul têm uma visão mais crítica da sociedade”, entende.
O fã incondicional Bruno Bello, 21, foi quem sugeriu o tema para o trabalho. “As músicas de Raul são praticamente as únicas coisa que escuto. Quando tinha 15 anos, dizia que se eu pudesse voltar no tempo, voltaria para ver um show do Raul”. No dia 21, quando se completam 21 anos da morte do roqueiro, o grupo participará de passeata dedicada ao músico em São Paulo, para o trabalho e para homenageá-lo.
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