Foi um grande sucesso a sequência de homenagens que os fãs de Ringo Starr fizeram para o astro, no Chevrolet Hall, dia 20 de novembro, em Recife. Uma equipe comandada por Claudia Tapety (Anderson, Alessandra, Llenira, Júnior e outros) passou alguns dias e noites preparando tudo: fotos de Ringo para “Photograph”, balões coloridos, um para cada música, estrela prateada e outros itens (reunidos em um bem elaborado kit, a essa altura, transformado em souvenir por cada um que ganhou). Além de um belíssimo pôster do Submarino Amarelo, impresso em material de pvc capaz de durar a vida inteira pendurado na nossa parede.
Mas o objeto número 1 mesmo foi um chapéu de cangaceiro (ou “Chapéu de Lampião”), patrocinado pela própria Cláudia, a incansável guerreira da Beatlemania, que não mediu esforços nem custos para agradar Ringo. Ela simplesmente transformou em realidade uma montagem fotográfica, em que Ringo usava o artefato, produzida pelo Portal Beatles Brasil. “JC, assim que bati o olho, decidi que aquele chapéu devia ser jogado por você de presente para Ringo. Tem que ser você!”, disse ela ao autor da montagem. Dito e feito: o chapéu foi arremessado e Ringo, ao vê-lo, imediatamente pegou-o e colocou cuidadosamente ao lado da sua bateria. Resumo da ópera-rock: com exceção de “It Don’t Come Easy”, durante todo o show Ringo Starr tocou exibindo dois símbolos: a estrela do bumbo e o chapéu nordestino bem ao lado.
Durante todo o show, notava-se que Ringo apreciava cada nova surpresa, comentava cada cartaz engraçadinho, se surpreendia a cada nova homenagem feita pelo grupo das pistas – tal qual aconteceu com Paul McCartney. Ele olha mesmo nos olhos dos fãs! E ainda aponta com o dedo, faz sinal de paz e amor individualmente, para cada um de nós. Parece incrível, mas é verdade! E isso, claro, embalado pelas surpresas que nós realizávamos a cada música “marcada”.
Pode-se dizer que o show de Ringo Starr & His All-Star Band foi na verdade, três shows: a apresentação musical em si; a verdadeira “beatleweek de um dia só” que aconteceu nas filas, enquanto os fãs se confraternizavam; e a interação entre os fãs e o ídolo, embalados por essas homenagens todas. Nesse terceiro item, a liderança, perseverança e amor verdadeiro pelos Beatles praticados por essa bela pernambucana chamada Cláudia Tapety é determinante. Pobre de nós que não temos uma Tapety em cada cidade do Brasil. Recifenses, agradeçam aos céus!
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