No dia 29 de junho, aconteceu um grande show em homenagem a Sir Macca no Bourbon Street, um dos points mais conhecidos de Sampa, sendo a embaixada paulistana do Blues e do Jazz, mas apesar do nome já recebeu diversas atrações em diversos estilos musicais, de MPB a Salsa, de Folk a Disco Music. Simplesmente Paul, até poderia ser um concerto de banda cover, como inúmeros tribute acts que proliferam no planeta, mas a intenção não é essa, segundo Walter Neto, diretor musical do espetáculo. É uma forma de pagar tributo àquele que influenciou diversas gerações de músicos, beatlemaníacos ou não.
Quem encabeça o show é o baixista, cantor e produtor Celso Anieri, conhecido músico da beatlemania paulistana que foi um dos fundadores da banda Beatles Forever, ao lado de Marcus Rampazzo (1954-2016), considerada uma das primeiras bandas cover/tribute acts de Beatles do Brasil. Após 14 anos afastado do cenário musical, Anieri voltou à ativa em grande estilo e com vontade de realizar um velho sonho: homenagear seu mentor e ídolo, Paul McCartney.
Para ajudá-lo nessa empreitada, Celso contou com dois grandes amigos, o produtor musical Sérgio Korsakoff, outro grande fã dos Fab4 e o tecladista Edson Yokoo, que já trabalharam anteriormente com o Beatles Forever. Durante um ano, os dois pensaram em todos os detalhes de produção, roteiro e audiovisuais e passaram a recrutar alguns dos melhores músicos do cenário paulistano como o baixista, guitarrista e cantor Edu Perez (banda Apple Rock), o guitarrista e multiinstrumentista Vitão d’ Mata, o guitarrista Renato Molina (banda Rock Fútil), o baterista Paulinho Yuzo (ex-Classics e ex-Beatles One), a guitarrista Ana Cristina Santos (ex-Classics e Submarino Amarelo) e as cantoras Bia Honda (ex-Classics) e Paula Altran. As três fizeram os backing vocals. Uma das características principais de Simplesmente Paul é que não se trata de uma sequência cronológica da obra de Paul McCartney e além disso, Celso divide os vocais com seus companheiros de palco Edu e Paula em algumas canções
Após meses de cuidadosa e massiva divulgação nas redes sociais como Facebook e Twitter, deixando os beatlefans curiosos com o logotipo do espetáculo e depois com ensaios da banda, eis que chegou o momento do début com a casa literalmente lotada. Quem não reservou mesa antecipadamente, teve que assistir ao show em pé [este que vos escreve também cometeu esse erro].
Num telão no fundo do palco, o show começou com cenas da Segunda Guerra Mundial, época em que Paul nasceu. Quando apareceram imagens dos Beatles tocando no Cavern Club em 1962, a banda entrou em cena tocando o clássico dos Fab4, Can’t Buy Me Love do álbum A Hard Day’s Night; Celso saudou a plateia do Bourbon Street e agradeceu a presença de todos; em seguida, a banda tocou Ballroom Dancing da trilha sonora do filme Give My Regards to Broad Street, estrelado por Macca em 1984 com Edu nos vocais principais; Celso voltou a cantar no clássico dos Wings, Jet do álbum Band on the Run (1973), cantando a seguir Dance Tonight do álbum Memory Almost Full (2007), além de tocar bandolim; aí veio um medley com as canções Good Day Sunshine dos Beatles (álbum Revolver, 1966), New, do álbum homônimo da carreira solo de Paul (2013), fechando com Penny Lane do álbum dos Beatles Magical Mystery Tour (1967); em seguida, veio Band on the Run do álbum homônimo (1973); Paula Altran assumiu os vocais numa versão da banda para All You Need is Love dos Beatles (álbum Magical Mystery Tour, 1967); Celso cantou então a bela Here Today do álbum Tug of War (1982), homenagem de Macca ao companheiro John Lennon (1940-1980); voltaram à época dos Beatles com Things We Said Today do álbum A Hard Day’s Night (1964) para em segiida tocar uma versão diferenciada de Coming Up do álbum McCartney II (1980); Paula voltou aos vocais em outra bela canção de Paul, My Valentine do álbum Kisses on the Bottom (2012); Celso assumiu os vocais em Maybe I’m Amazed de McCartney, primeiro trabalho solo de Paul e em seguida My Love (Red Rose Speedway, 1973), uma homenagem a Linda McCartney (1941-1998), com várias fotos dela no telão; em seguida, veio outro clássico dos Wings, Dear Boy (do álbum Ram, 1971), numa versão alternativa; tocaram então Got to Get You Into My Life (álbum Revolver, 1966), outro clássico dos Beatles, obrigatória nos shows de Macca; veio outro clássico solo de Paul, Hope of Deliverance do álbum Off The Ground (1993); a banda tocou então Silly Love Songs (álbum Wings at the Speed of the Sound, 1976) depois Too Many People (outra do álbum Ram); o clássico Beatle She Came in Through the Bathroom Window (álbum Abbey Road, 1969) foi a derradeira música do setlist. Mas o pessoal queria mais e a banda mandou ver num encore: Something, música de George Harrison (1943-2001) do álbum Abbey Road que Macca tem tocado nas últimas urnês para homenagear o saudoso colega Beatle), Live and Let Die da trilha sonora do filme homônimo da franquia 007 (no Brasil, Com 007 Viva e Deixe Morrer), terminando com The End, clássico dos Beatles que fecha o álbum Abbey Road.
Simplesmente Paul foi um show com muito alto astral e muitos momentos emocionantes, uma homenagem que o próprio Paul teria aplaudido de pé. Após essa estreia com todo o pique, o espetáculo logo estará em outros palcos. É aguardar e confiar.
Por André McKenna (Visite o Papo Firme Blog)
Colaborou: Mitch McKenna (fotos, reportagem)
Queridas e Queridos Apaixonados Por Sir Paul e Beatles , Mas Me Perdoem !!! Não Deduzam o Que Deveria Ou Não Estar No Show !!! Mas Sim Se o Show Foi Bom Ou Não !!! kkk , Êste é o Verdadeiro Espírito e Nêsse Espírito , Só Poderá Julgar o Mérito Quem Estava Lá !!! E Eu Estava Lá e Foi de Arrepiar a NUCA e ETC. kkk Posso Dizer , Pois Conheço o Celso Anieri Desde Antes Do Beatles4Ever Há Mais de 40 Anos Desde Quando Éramos Adolescentes e Nunca Conhecí Outra Pessoa Que Conhecesse e Gostasse Tanto de Fazer Igual o Que Os Beatles e Paul Fizeram, Seguramente Posso Dizer Que Quem Não Foi PERDEU !!! O Mais Lindo Show Feito Como Tributo a Paul Macca , Só Posso Lamentar e Ficar Triste Por Quem Não Foi e Recomendar Para Não Deixarem de Ir No Próximo , kkk , Sinto Muito , Mas , EU ESTAVA LÁ !!! e Foi MARAVILHOSO !!! SORRY !!!
Sorry por que mesmo? Ah, por quem não foi. Deve ser por isso. Concordo. Sim, eu gostaria de ter ido. Mas não me tire o direito de ter minhas músicas preferidas e as menos preferidas. Isso acontece com todos os fãs. Quando saiu o novo disco de antigos sucessos houve o mesmo debate no site oficial dele. Todos queriam tirar umas e colocar outras. Isso é natural. É porque ele tem um cancioneiro extremamente vasto e diferenciado. E porque tem muitos fãs com gostos diferentes. Mas isso não atrapalha em nada. Eu tenho certeza, que mesmo lamentando por jamais incluírem as que mais gosto, e sempre incluírem as que não gosto, minha nunca também teria ficado arrepiada.
Silly Love Songs é maravilhosa,My Love também. Não tem nada de vazias. Mas concordo com a How Many People e colocaria também a C`mon People. Amei o repertório e aos poucos eles vão diversificando. Gostei de colocarem Too Many People do Ram, que quase niinguém lembra.
Na verdade Ballroom dancing é do Tug of war. Eu tiraria secret frtiend, seems like old times, all you need is love (??) e 2 fingers, colocaria friends to go, fixing a hole, letting go, only love remains, anyway, entre outras rsss.
Uai, mas as obras primas Two Fingers, Seems like Old times e Secret Friend não estão incluídas. Como você as retiraria se não fazem parte? Fazem parte apenas do meu disco especial de Paul organizado por mim…em algum sonho.
Como eu disse, ele tem uma variedade tão grande de músicas que nunca uma seleção agradará a todos. E sei que são muitos os que gostam de Silliy Love Songs. Foi primeiro lugar nas paradas. Gostam também de My Love. Para mim são chocantes no sentido que não reconheço o Paul genial dos Beatles nelas. Puramente comerciais ( a meu ver) e o pior : bregas. Ele nunca fez nada assim quando nos Beatles. Penny Lane, Eleanor Rigby, aqueles sons espetaculares de Tomorrow Never Knows! Tudo classe A. De repente caiu para a classe C. My love começa bem. Alguns sons que prometem. E aí vem um tal oooooo oooooo My love does me good…E acaba com a música. É que ele estava praticamente sozinho. Disse numa entrevista que realmente considera as músicas daquele tempo como inferiores. Ele mesmo acha assim. Mas é que antes ele fazia um demo e ao levá-lo para John as arestas eram aparadas. E depois no estúdio nem se fala. O que estava ruim era deixado de fora. E todos davam ideias. Esta é a beleza dos Beatles. As músicas acabavam sendo de todos eles. E ainda tinha George Martin! Mas depois ficou só. Não havia um parceiro para compor. E nem parceiros para tocar. Seus músicos variavam. Nem sempre dava certo. Curiosamente há demos que ele fez na carreira solo melhores que o som oficial. Porque ele fazia tudo! Tocava todos os instrumentos e fazia todas as vozes. Quem ainda não ouviu uma seleção de demo dele chamada Rude deve ouvir. É sensacional. Como se estive tocando pelado. Uma maravilha. Mas acho que pode não ser do agrado de quem gosta do som sem gracinha do Wings. É fantástico para quem ficou sem entender que Paul era aquele que apareceu depois da separação. Parece que ficou com medo de repente…Quando nos Beatles ele era ousado e de vanguarda. Ele não temia a reação do público. Ele com os outros 3 modificaram a cara do rock. Abriram portas. Arriscavam. Depois as melhores, as mais inventivas e belas ficaram sem ser lançadas ou então ficaram ocultas no lado B ( e para ele o lado B passou a ser lado B mesmo, o que não acontecia com os Beatles) ou então aparecia algum tempo depois como bonus, caso de outra sensacional chamada 222. E encheu o mundo de silly love songs. Ele pergunta. O que há de mal nisso? Tudo! Encher o mundo de love songs é bom demais. Fico em pé aplaudindo. Mas tolas? Nem pensar. Mesmo assim tem muita música boa que se tornou conhecida. Muitas. É verdade que tem também algumas que estão muito boas e de repente ele erra a mão. Mas no segundo seguinte acerta de novo e nos leva às alturas. Caso de Live and Let Die e Tug of War, por exemplo. Aquele ” you know you did, you know you did, you know you did.. é totalmente dispensável no arranjo. Onde ele estava com sua linda cabecinha quando fez aquele arranjo? Só que logo ela se levanta e fica ótima. It is a tug of war começa linda…Ate que as vozes do fundo melam tudo naquele ‘ a tug of war, a tug of war”…Parecendo coro amador de festa escolar. É então que entra a orquestra. E nos eleva às alturas. Hoje estou chata, eu sei. Mas é que gosto tanto dele que me sinto no direito de falar o que sinto. Quando a gente ama consegue ver os defeitos e continuar amando. E podem crer: eu o considero o melhor e maior compositor do nosso tempo. E ainda está aqui, felizmente, lindo leve e solto e compondo. O NEW é perfeito. Amo aquelas músicas todas. Paul merece todas as homenagens. O que entristece é ver que nas homenagens se limitam ( quando pegam as de sua carreira solo) ao menos importante, aos sucessos comerciais, quando o cara tem até sinfonias e mil experiências sonoras extremamente avançadas. Não revelam quem ele realmente é, não revelam sua intensa capacidade criativa. Paul é musica. Ele respira música. Tudo o inspira. E tem muita influência da música brasileira. Sempre notei isso. Discordavam de mim e eu ficava pensando se não estava ouvindo o que não existia. Até que um dia li uma declaração dele dizendo que o som do Brasil sempre o fascinou e inspirou. Eu sabia! É muito lindo esse cara. E passear pelo seu universo buscando o oculto é a maior aventura musical que podemos ter.
Com certeza foi lindo e eu gostaria de ter visto. Mas confesso que selecionaria algumas das músicas mais experimentais e vanguardistas de Paul para que não fique apenas aquela história do Paul romântico e vazio. Silly Love Songs estaria fora. My love também. Mas eu manteria My Valentine porque é bonita demais para ser esquecida. Eu daria uns toques de músicas do MacCartney II. E sem dúvida incluiria Secret Friend e Two Fingers. O problema é que o cara é versátil demais e tem música para encardir. Impossível colocar todas. Apenas acho que fixaram mais no romantismo sendo que Paul também tem músicas engajadas…SEria bom mostrar que era mais do que compositor de tolas canções de amor. Eu colocaria a música que ele fez para Chico Mendes! A música para a Irlanda é outra politizada e sempre esquecida. E as nunca lançadas? Nada mais lindo que ” Seems like Old Times” também para John. Mas mesmo assim foi u ma bela seleção e com certeza um show imperdível. Excelente ideia. Não fui por morar em outra cidade.