Beatlemania Nacional

Sargento Pimenta reúne 4 mil foliões no RJ

O GLOBO (Ludmilla de Lima) – Até os Beatles acabaram em samba no carnaval do Rio, que já teve música brega e até clássica. O Sargento Pimenta, na sua estréia nesta segunda-feira, promoveu uma mistura musical com seus arranjos inusitados para os clássicos do quarteto de Liverpool e a união entre beatlemaníacos sessentões e jovens foliões. O bloco surpreendeu musicalmente e também pelo público: mais de cinco mil pessoas foram assistir ao grupo, que ficou parado no encontro das ruas Visconde de Caravelas e Capitão Salomão, em Botafogo. O cálculo é da Subprefeitura da Zona Sul.

Já no começo da apresentação do Sargento Pimenta, formada por uma banda de rock com dez músicos e por uma bateria com 60 ritmistas, o público foi ao delírio: as primeira músicas foram “Sgt. Pepper´s”, em ritmo de maracatu; “A Hard Day´s Night” e “Ticket To Ride” com batida funk. Com o famoso submarino tatuado no braço e fantasia inspirada na capa do álbum “Sgt.Pepper´s Lonely Hearts ClubBand”, o artista plástico Hugo Richard não conteve a empolgação e acabou se infiltrando na bateria com seu tamborim.

– Ouvir músicas boas no carnaval é o que a gente precisa – disse o beatlemaníaco, de 33 anos, que aprovou a mistura de Beatles com samba.

O bloco preparou um grande espetáculo para os foliões, com direito a chuva de papel colorido, bolinhas de sabão, balões e uma fantasia coletiva de “Yellow Submarine”. Para o seu primeiro ano, ainda foi lançado um hino, com o refrão: “Chega aí, pode entrar/É o Pimentaaaaaaa/O sargento dá o tom/Chega aí, pode entrar/É o Pimentaaaaaaa/Isso arde mas é bom”.

 

– Foi uma verdadeira aventura psicodélica, ecossambística – filosofava Carlos Minc, secretário estadual do Ambiente, que se acabou de sambar junto à cordinha da bateria.

A atriz Sofia Pleym, de 27 anos, não se rendeu ao calor e caiu na folia com uma fantasia improvisada de “Sgt. Pepper”, que incluía um bigode:

– Eu sou o mascote do bloco, eu sou o Sgt. Pepper.

Um dos idealizadores do bloco, o advogado Daniel Spector, de 27 anos, contou que a fama do Sargento Pimenta foi crescendo nos últimos dias, sobretudo no Facebook.

– A gente, no começo, achava que neste primeiro ano talvez surpreendesse. Nos últimos dias, com as pessoas falando do bloco e gostando do show, fomos prevendo um público maior. Fizeram um cálculo no Facebook que teríamos três mil – afirmou Daniel antes de começar o show.

As previsões acabaram superadas, e a quantidade de banheiros químicos disponível não foi suficiente. Eram apenas 15 sanitários na área do bloco, de acordo com a Riotur.

– Não achei banheiro químico. Está muito difícil, é muita bebida e pouco banheiro. Fiz duas vezes na árvore, quatro vezes no poste e quatro vezes pulei a casa dos outros – fazia graça o bancário Thiago Chaffn, fantasiado de banheiro químico feminino.

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José Carlos Almeida

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