Paul no Brasil 2011

Sem Limites Pra Sonhar (Joelma e Cláudio)

 
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Paul veio de novo e a gente foi (de novo)

“Mas você já não viu o Paul McCartney em novembro?!”. Era essa a pergunta que eu ouvia sempre que falava a alguém que estava de viagem marcada ao Rio de Janeiro para ver o Paul. E ainda havia os que acrescentavam “tem certeza de gosta tanto assim desse cara?”, “não enjoa, não?”, “você vai fazer todos aqueles gastos de novo?”. Queriam incutir em mim um sentimento de culpa, talvez. Então, para encurtar conversa, eu passei a usar o argumento “vou por causa do Rio, gente, e não pelo Paul!”.

O que as pessoas que não habitam o planeta Fab4 não entendem é que ver um beatle tocando ao vivo é o ápice da emoção beatlemaníaca, é a concretização de um sonho, sonho que não se esgota assim de forma instantânea, em um ato só. Pelo contrário, é daqueles sonhos que dá vontade de dividir em suaves prestações para se aproveitar aos poucos sem deixar nada escapar.

E mais. Estar diante de um beatle pode ser uma mágica e deliciosa aventura. Sim, porque não é só de repente dizer “está bem, estou aqui e vou ver o Paul”. Não! Não é simples assim. As questões periféricas envolvidas nesta decisão é que dão sabor à ação de ver o Paul McCartney. Ora, o bom da festa também está nos preparativos. Aí se concentra grande parte da carga de adrenalina. Quantas não são as estratégias que utilizamos para que tudo saia de forma perfeita, como mentalmente elaboramos?

Há, para tanto, uma verdadeira engenharia de idéias, cálculos, ensaios e muita, muita imaginação. É nesse momento que passamos a dar importância às nossas pequenas superações e aos simples detalhes, porque eles farão a diferença. Eu, por exemplo, não me esqueço da emoção que senti quando pedi ao meu chefe para me ausentar nos dias do show e ele disse SIM!!! Uma palavrinha tão pequena e tão decisiva.

Então percebi que ver o Paul McCartney é tudo isso, é sentir na pele o turbilhão de emoções que vai desde a decisão de ir ao show até o momento do show em si; é passar pelo medo de não conseguir a dispensa do chefe; é ficar acordada até de madrugada para enfrentar a disputa pela compra do ingresso via internet e depois ir dormir feliz por ter garantido um lugar no estádio; é enfrentar 20 horas de viagem de ônibus de Goiânia até o Rio de Janeiro por ter pânico de avião e depois ter que encarar o tal do avião na volta, porque é uma vergonha ter que cancelar o voo pela segunda vez; é ver a mãe, amiga e companheira, por não estar bem de saúde, quase desistir de ir com você e depois, num esforço heróico, vê-la resolver compartilhar contigo da sua emoção; é, na véspera do show, ir à porta do Copacabana Palace gritar pelo nome do Paul e ter a alegria de ir identificando, um a um, os seus amigos que vão surgindo no meio da multidão como um desenho animado que se materializa; é enfrentar por horas, debaixo do sol carioca, uma fila gigante para entrar para o estádio e nem ver o tempo passar por conta da agradável companhia em volta.

E eis que começa o show! Pra que palavras se o momento é de pura contemplação? É nessa hora que eu sinceramente fico desejando ter olhos filmadores e ouvidos com a função de gravador para depois provar para mim mesma: eu estive lá.

Quando ele foi ao microfone e cantou, ‘you say yes I say no’, o Engenhão inteiro cantou, detonando a centelha da magia. Minha voz se somou a outras tantas num ambiente de paz e beleza, fantasia e realidade onde a impressão que ficou é que por um momento naquele dia 22 de Maio a utopia de John Lennon se materializou. E o mar de gente naquele estádio, como a letra de Imagine virou uma coisa só. Mas, voltando ao início, se perguntarem “você vai de novo ver o Paul?”, responderei: vou sim, vou quantas vezes for preciso para nunca deixar de sonhar.

Joelma da Silva Vieira & Cláudio Teran
07/06/2011

 
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