BH Beatleweek 2014

Notas rápidas sobre A BH Beatleweek 2014

Tudo, tudo, TUDO na BH Beatleweek parece ter sido perfeito – e foi. Por isso, além das resenhas diárias que lançamos, dos álbuns de fotos que criamos e vídeos que filmamos, também sentimos necessidade de lançar várias pequenas notinhas e observações sobre diversos aspectos ligados ao evento.

Por José Carlos Almeida

 

Camilo Lucas, o primeiro a brilhar na BHBW 2014
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O primeiro evento da BH Beatleweek 2014 foi também uma das melhores surpresas: a exposição do artista plástico Camilo Locas, na Galeria Urban Arts. Além da mostra dos seus lindíssimos quadros, aconteceu uma interessante jam session, com vários amigos – inclusive o próprio Lucas – cantando músicas dos Beatles.

Classificá-lo como artista plástico é subestimá-lo. Trata-se de um verdadeiro mago multimídia que, além de pintar quadros com talento raro, é chargista desde a época da ditadura militar e criador de uma das melhores revistas que já li, o fanzine Jararaca Alegre. O Jararaca Alegre (que por pouco não se chamava Perereca Cabeluda) é o mais antigo fanzine do Brasil ainda em atividade, já que está completando 30 anos – foi inaugurado em 1975, ainda nos velhos mimeógrafos. Daí evoluiu para o xerox e atualmente é impresso em papel de altíssima qualidade e conteúdo equivalente. Como desdobramento, também já se transformou em um selo fonográfico e editora. Estamos preparando uma entrevista bacana com o Camilo e em breve vocês saberão mais sobre essa verdadeira lenda da contracultura nacional.

 

Empresas
Algumas empresas devem ser citadas, por terem sido determinantes para o sucesso do projeto:

CADORO Eventos, representada pelo produtor Carlos Alberto Xaulin, que em parceria com Aggeu Marques, criador da BHBW, realizou um evento impecável, desde a concepção até a execução, onde os músicos e convidados foram tratados com a dignidade de superstars e o público presenciou eventos sem imprevistos. Dentro da produção, além do próprio Xaulin, merecem lembrança especial os amigos Jeová Guimarães, Paola Simões e Ivani Nascimento.

Também merece crédito a Agência Olho Vivo, do publicitário Celso Renato, que criou toda a programação visual da BHBW (em todas as edições). O bom gosto das ilustrações ficará na lembrança de todo o público, pois estava nos cartazes, ingressos, no fundo do palco do teatro, nos produtos da lojinha, nas redes sociais e em todo lugar. Altíssimo nível.

Jararaca Alegre Produções, do já citado Camilo Lucas, que lançou uma edição especial do fanzine, com toda a publicidade da BHBW, além de reproduções lindas dos quadros expostos na abertura do evento. Sem dúvida, um ótimo souvenir.

Hotel Cheverny, onde ficaram hospedadas a maioria das bandas que tocaram na BH Beatleweek. Além de suas suítes maravilhosas, tem um atendimento dos melhores, fazendo qualquer hóspede se sentir um convidado vip. Citação especial para o recepcionista Luiz Miranda, um beatlemaníaco de verdade, e uma grande figura humana.

Não posso deixar de citar o fato de ser um evento sem NENHUM patrocinador. “Gostaríamos de agradecer aos patrocinadores, mas infelizmente não temos. Aliás, vocês, que compraram os ingressos, são os patrocinadores da BH Beatleweek, por tanto obrigado a vocês”, foram as palavras de Aggeu Marques ao final de suas apresentações. É impossível entender como em uma cidade como BH não é possível conseguir patrocínio de para um evento tão grandioso. Mas certamente não faltarão interessados em vincular suas marcas ao evento do ano que vem.

 

Vamos entrevistar todas as bandas da BHBW2014
O Portal Beatles Brasil deverá publicar, a partir de agora, uma série de entrevistas com as mais diversas bandas cover brasileiras, como forma de fortalecer ainda mais a interação entre esses artistas maravilhosos e o nosso público – do portal e da BHBW, cuja parceria deverá continuar forte nos próximos anos. A prioridade será das bandas que estavam em BH durante esses 5 dias mágicos. Caso você faz parte de alguma dessas bandas, por favor, envie uma mensagem na página do Portal Beatles Brasil ou adicione José Carlos Almeida. ou entrem em contato por e-mail ([email protected]). Esse evento mostrou como a união entre os artistas pode produzir eventos de qualidade internacional. Vamos nos fortalecer ainda mais!

 

Usem os tags e ajudem a divulgar!
Caso você poste uma foto ou mesmo algum comentário sobre a BHBW2014, faça-o utilizando as tags #BHBW2014 #CadoroEventos #Beatles #Beatleweek. Isso fará com que as postagens dos mais diversos fãs se agrupem em páginas-arquivos. Vale também para postagens antigas, é só editar e colar essas tags. Esse aviso é para o público, mas principalmente para as bandas participantes, que são os maiores ganhadores em um evento como esse.

Vou bater na mesma tecla: além do público, quem mais saiu lucrando com a BH Beatleweek foram os artistas, principalmente as bandas cover, que ganharam ali uma visibilidade, para um público presente e remoto, que dificilmente ganhariam de outra forma. Isso confirma o ditado que diz que “a união faz a força”. Mas aí vai um toque: espero que para as próximas edições seja maior o empenho das mesmas na divulgação prévia e, principalmente, na atração do público – na venda de ingressos mesmo! Principalmente as bandas de BH e cidades mineiras.

 

Internet Pública em BH
Como eu estava utilizando um chipe de longe, dependi das populares redes wireless dos lugares em que frequentava. O problema é que, se por um lado existem várias, por outro, você nunca encontra uma que realmente funcione. Tanto a gratuita da Prefeitura, em locais públicos, quanto das casas de shows, todas elas aparecem no nosso radar, mas nunca se consegue navegar. Honrosa exceções para as excelentes conexões wireless do Hotel Cheverny e do Ônibus da Conexão Aeroporto.

 

Profissionalismo é pouco!
xaulin-camilo-demetrioUm flagrante mostra o nível de dedicação, profissionalismo e amor aos Beatles: mal havia sido encerrada a apresentação da Orquestra Ouro Preto, no último dia da BHBW2014, os produtores Carlos Alberto Xaulin e Aggeu Marques (que não aparece na foto), com o auxílio de colaboradores como o artista plástico Camilo Lucas e do fotógrafo Demétrio Aguiar, já planejavam detalhes da próxima edição, em 2015.

Obviamente muitas idéias novas ainda virão e outras já existentes ainda são segredo. Mas por exemplo, já há a idéia de transformar o Cine Theatro Brasil em uma beatle-exposição permanente durante os dias do evento, mais espaços para artes plásticas, fotografia e cinema. Não tem como não dar tudo certo, com esse nível de profissionalismo.

 

A mais tocada
De longe, a música favorita das as bandas cover é “Don’t Let Me Down”. Por serem muitos shows, e apesar de ser uma música lindíssima, é inevitável uma certa sensação de cansaço. Talvez seja o caso das bandas cover manterem uma rede de comunicação e, de repente, até compartilharem entre si seus setlists, para evitar redundâncias. A canção também foi executada por Gary Gibson & Aggeu Marques, além da Orquestra Ouro Preto – mas aí já é outra história. Outras duas também tocadas à exaustão foram “Twist and Shout” e “Helter Skelter”.

 

A melhor banda
beatlesrockQuestão pra lá de polêmica, que nem devia ser abordada (mas como sou meio sem noção, vai assim mesmo): qual foi a banda cover que mais agradou na BH Beatleweek 2014, a melhor de todas? Não é justo citar Aggeu, Gary Gibson, o artista plástico Camilo Lucas e a Orquestra Ouro Preto, mas entre as bandas cover participantes algumas se destacaram e combinam com minha opinião pessoal. São elas:

3 Of Us, que apesar de ser apenas um trio, preencheu musicalmente todos os espaços, em uma harmonia impressionante. Não à tôa foram os escolhidos para acompanhar Gary Gibson;

The Calangles, com seus surpreendentes mashups, seu som incrivelmente vigoroso e pelas figuraças, sobretudo o baixista Leandro Souto Maior, que parece ter saído de uma máquina do tempo;

Beatles Rock, um grupo incrível, que tocou o Sgt. Pepper na íntegra, com figurino simples, mas bonito (pepperizado), uma cantora que é uma verdadeira deusa (Roberta Mandarano) e músicos absolutamente talentosos e bem ensaiados – inclusive um baixista que deve ter uns 12, 13 anos de idade e não erra uma só nota. Dentro das limitações de serem apenas um quinteto (para executar um álbum complexo como o Pepper), colocaram arranjos pessoais, como em “Within You Without You”, que ganhou uma levada “Tomorrow Never Knows” e Mr. Kite com um megafone. O capricho da banda é tal que até distribuíram panfletos com miniaturas do cartaz do circo de Mr. Kite durante essa música. Já deu pra notar que essa foi a minha favorita, não é? Confirmado, não só a minha, mas a de muita gente, pelo zum zum zum geral. Parabéns! Espero ver ainda muitas outras apresentações da Beatles Rock!

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