Ringo Starr no Brasil 2011

Ringão em SP (por Fabiano Barile)

O mês é de novo Novembro, faz 1 ano que eu estou em recuperação do primeiro show que eu vi de 1 Beatle, aqueles 2 shows do Paul McCartney em São Paulo jamais saírão da minha cabeça, toda a atmosfera criada em torno dele, misturada ao momento pessoal que eu passava  foram mágicos.

Dessa vez, por parte da imprensa o glamour era menor, quase não se falava de nada e muitas pessoas nem sabiam que São Paulo estava recebendo novamente a visita de um Beatle, mas para os fãs toda a atmosfera estava criada. Dessa vez as pessoas não precisariam viajar muitos quilômetros  para participar, ele estaria ali, mas perto de cada uma delas.

Enfim chega o sábado, 12 de Novembro de 2011, coloquei meu All Star Preto, uma camiseta dos Fab, um DVD do Ringo no carro e lá estávamos, eu e minha noiva (pela primeira vez ela iria provar da nossa magia) a caminho do show dos “All Star Band”, mas claro queria mesmo ver o Ringo.

Chegando na frete do Credicard Hall, um desfile de camisetas dos Beatles, me dei conta do que estava acontecendo, a velha magia Beatle estava de volta. Vi um senhor de meia idade, com uma enorme barba branca, uma camiseta do Help!, crianças, velhos, adolescente, enfim gente de todas as idades, compartilhando uma mesma paixão chamada Beatles.

Tudo tranquilo, uma cerveja, entramos no show, encontramos alguns amigos e lá estava o palco, um jardim com muitos girassóis, uma estrela prateada muitas pessoas, duas baterias ao centro. O local  ainda não lotado, mas a magia estava presente. Antes do show começar o telão mostra as próximas atrações da casa, e uma sonora vaia quando no telão passa uma dupla sertaneja que recentemente disse que acabaria mas para nossa tristeza não aconteceu, e depois vários gritos para um comercial de TV que toca Come Together.

As luzes se apagam, os gritos eram gerais, começam a entrar pessoas no palco, cada um vai pegando um instrumento se ajeitando, começam os acordes, e a banda toca os primeiros acordes de “It Don’t Come Easy” e lá vem o Ringão, com seu jeito característico de entrar no palco, aquele que vi muitas vezes nos vídeos, correndo e com seu jeito (ou sem jeito) de dançar, com os dedos em V, usando uma camiseta dos Beatles, nos dizendo que para cantar o Blues temos que pagar nossas contas, todos de pé, eu chorava, minha noiva dançava (será que a magia a contagiou?). Destaque também para o músico Edgar Winter, carinhosamente apelidado de Papai Noel, com seus longos cabelos brancos, uma bela voz, muita energia e tocando diversos instrumentos

E lá vem ele com “Carl Perkins Song” e tocou Honey Don’t, assumindo a bateria, sua velha companheira. Quanta energia para aquele senhor de 71 anos, como era bom estar ali presenciando aquilo tudo.
Ringo passa o bastão para os outros da All Star Band, fica na Bateia como coadjuvante, ele que é a estrela maior dali, deixa o espaço para todos aparecerem. Após Choose Love, Ringo convida Rick Derringer, que mandou o clássico Hang On Sloopy, dos tempos de The McCoys, seguido do multi-instrumentista Edgar Winter e Wally Palmer, ex-guitarrista da banda The Romantics que cantou Talking In Your Sleep, de 1983.
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Mesmo receptivo a todos da All Star Band, o público queria mesmo era ver o Ringo, e ele volta dedicando a próxima canção a todas as garotas presentes, e toca “I Wanna Be Your Man”, todos se deliciaram. Quanta simpatia, ele estava ali, a poucos metros, cantava, dançava brincava com o público.

O Show prossegue com Dream Weaver”, “Kyrie”, “The Other Side Of Liverpool” e eis que chega “Yellow Submarine”. Um coral acompanha o Beatle e todos passeiam pelo  “Sky of blue and sea of green”. Ringo sai de cena e a All Star Band manda a psicodélica “Frankenstein”, sucesso instrumental de Edgar Winter. O Papai Noel faz solos em diversos instrumentos. Apesar do pública aceitar bem os “All Stars” gritos de Ringo ecoavam o tempo todo, e assim ele retornou ao palco e começou a distribuir brindes ao público para, depois, apresentar os músicos que tocaram juntamente com Winter.

A banda toca “Back Off Boogaloo” e “What I Like About You”. Gary Wright foi o responsável por “Rock N Roll Hootchie Koo”, terminando a música com um solo de guitarra. Na sequência viria “Boys”, música gravada por Ringo em parceria com músicos de diversas bandas e que ele afirmou gostar muito, e lá vem muita agitação do público de novo..

Seguiram “My Love Is Alive” e “Broken Wings”, músicas de Gary Wright e Richard Page, respectivamente, era os anos 80 no ar. Ringo pergunta à plateia sobre qual música eles desejavam ouvir, e assim vem  “Photograph” as pessoas levantam diversas fotografias de Ringo em diversas fases de sua carreira, ao final ele agradece. “Act Naturally” e lá vem a participação do público novamente, com estrelas prateadas, ao final, Ringo pega uma estrela arremessada ao palco e coloca no peito.

O show chegava ao fim.  em clima de “Peace and Love” com a dobradinha “With a Little Help From My Friends”, dos Beatles, e o hino “Give Peace a Chance”, de John Lennon, Ringo cantou comum forte coral  do público, que cantou os hits de mãos para o alto.
Mais uma vez um show digno de um Beatle, e pensar que muitos falam mal desse cara, que só a sua simpatia já valeria ver o show. Agora Ringo segue pelo nosso país, onde já tocou em Porto Alegre na quinta-feira (10/11) e, após a apresentação desse sábado e domingo (12 e 13/11), em São Paulo, passa por Rio de Janeiro (15/11), Belo Horizonte (16/11), Brasília (19/11) e Recife (20/11). Cariocas, mineiros, brasilienses e pernambucanos, curtam esse momento único, vão ao show, cantem, brinquem, vivam esse momento único que é estar próximo a um Beatle, e mostrem a ele todo o calor do povo do Brasil.


Vídeo de Cristiane Ribeiro, a futura Sra Barile  

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