Paul McCartney

Albert Maysles lançará documentário sobre Paul

 
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Albert Maysles, 84 anos, corresponsável por gravar a primeira visita dos Beatles aos EUA, deve lançar em breve um novo documentário com Paul McCartney.

O público que assistiu a What’s Happening! The Beatles in USA!, documentário que só pode ser exibido na presença de Albert, ganhou uma canja e conheceu um trecho de cinco minutos do novo filme. O filme foi exibido no Cinesesc em São Paulo nesta quinta-feira (5), dentro da programação do festival In-Edit (veja a programação completa em http://in-edit-brasil.com/2011).

No pequeno clipe do novo filme, é possível ver Paul envolvido com a gravação de seu disco Driving Rain, de 2001, que marcou o começo de uma série de discos aplaudidos pela crítica.

Além disso, o público pôde ver a simpatia do octagenário diretor, incapaz de deixar de sorrir a cada pedido de autógrafo ou foto. Nem mesmo diante de perguntas aleatórias da plateia ele perde o rebolado. Durante os quinze minutos em que conversou com a plateia, uma espectadora pegou o microfone e fez uma pergunta sobre a “satisfação da alma e da carne de ser um artista”. Candidamente, Albert sorriu e disse que não entendeu a pergunta. Mas, para não deixar a moça mal, falou de seu processo de filmar.

Ele também falou disso em uma rápida entrevista que deu ao R7. Além de Beatles, Albert fala dos Rolling Stones. O documentário Gimme Shelter, que trata de um show dos Stones no qual ocorre um assassinato, também faz parte da programação. Veja os principais trechos

R7 – É difícil filmar uma banda de rock?
Albert Mayles – É muito importante dizer que não tem diferença alguma filmar astros pop. É sempre um processo de fé de esperar que coisas interessantes vão acontecer. Você simplesmente coloca sua câmera, filma e vê o que vai acontecer. Isso faz o filme ficar real e verdadeiro. Eu não tento buscar nenhuma ideia.

Gimme Shelter é visto como um filme que mostrou o fim do sonho hippie.

Não esperávamos o assassinato. Tivemos sorte de que meu irmão estava com uma câmera posicionada para o público e conseguiu captar o crime. A imprensa, na época, foi muito crítica por usar isso. Eles disseram que era uma exploração da violência. O título da resenha do New York Times na época foi “Fazendo assassinatos pagar”. Claro que se não tivéssemos mostrado, iriam dizer “onde vocês estavam? Vocês perderam a coisa mais importante”.

Como era sua relação com os Stones?
Muito amigável. Nos aceitaram em todos os aspectos. Uma das cenas mais lindas é quando eles escutam a gravação de Wild Horses [a banda gravava o clássico álbum Sticky Fingers na época do filme]. É mais interessante ver eles escutando a música do que atuando no palco.

Existe uma relação entre Gimme Shelter e What’ Happening?
Quando penso em ambos esses filmes, penso que você tem uma boa caracterização dos anos 60. O começo com a inocência dos Beatles, depois com os Stones e as coisas horríveis que aconteceram em Altmont.

É verdadeira a ideia de que os Beatles eram os bonzinhos e os Stones os malvados do rock dos anos 60?

Claro. Basta olhar para as letras. As letras dos Beatles eram inocentes e esperançosas, enquanto que os Stones tinham Simpathy for the Devil, Under my Thumb…

Por que só podemos ver What’s Happening em sua presença?
Esse foi o acordo que tivemos com a Apple [empresa detentora da marca Beatles, fundada pelos próprios no final dos anos 60]. Eles tem outra versão. Muitos anos passaram e Apple comprou a filmagem e fez uma versão comercial com mais música e menos personalidade. Não temos planos para lançar comercialmente a nossa versão.

Você gosta da versão da Apple?
Claro que eu prefiro a minha versão. A versão comercial é “ok”. É complicado. Originalmente, a gente fez o filme para o canal Granada. Eles fizeram uma versão, nós fizemos outra, mas nunca tivemos os direitos.

Quando você vai lançar seu próximo filme?
Acabamos de terminar um filme com Paul McCartney. Seis semanas depois do 11 de setembro, Paul organizou um concerto no Madison Square Garden e nós filmamos. Nós recém terminamos de montar. Devemos lançar o filme completo no décimo aniversário do 11 de setembro.

Quando você vai começar a voltar a filmar?

Assim que eu arranjar dinheiro… [risos]

 
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José Carlos Almeida

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