George Harrison

Dez motivos para preferir George Harrison

georgehO Estadão (www.estadao.com.br) publicou uma lista dos 10 motivos pelos quais você deve considerar George Harrison seu beatle favorito. Vamos a ela:

Habilidade com os instrumentos de cordas
George Harrison, certamente, não tinha a mesma grife da famosa dupla Lennon e McCartney, mas apresentava uma habilidade acima da média com os instrumentos de corda. Talentoso e muito dedicado à guitarra, Harrison é responsável pelos solos mais famosos das músicas dos Beatles. É dele o marcante riff de “Day Tripper” e o solo inicial da emblemática “Don’t Let Me Down”, que marcou a última apresentação do quarteto, em janeiro de 1969. George conseguia encaixar o solo certo na melodia certa. Sem eles, muitas das brilhantes composições de Lennon e McCartney ficariam irreconhecíveis.

A mais bela canção de amor

Escrever canções melancólicas é algo bastante comum na música. Aliás, muitas são as composições brilhantes dos Beatles quando o tema é amor. No entanto, escrever “a mais bela canção de amor dos últimos 50 anos”, segundo Frank Sinatra, é tarefa para George Harrison. “Something” foi a primeira música de George a compor o lado A de um compacto dos Beatles. A canção é a segunda mais regravada na história do quarteto, perdendo apenas para “Yesterday”, de McCartney. Segundo o próprio George, a inspiração veio de uma música de Ray Charles, mas muitos acreditam que ela foi escrita para sua ex-mulher Pattie Boyd.

Primeiro disco triplo da história da música

George Harrison lançou o primeiro vinil triplo da história da música. “All The Things Must Pas”s (1970) reúne todo o material que foi desprezado pelos Beatles em mais de 10 anos de banda. O disco é marca registrada de George e chegou às paradas de sucesso com canções como “My Sweet Lord”, “Isn’t It a Pity”, “Beware of Darkness” e “Let It Down”. O álbum é apontado por muitos como o melhor disco da carreira solo de um ex-beatle.

O Concerto para Bangladesh
Em 1971, George Harrison organizou o Concerto para Bangladesh. O show humanitário, no Madison Square Garden de Nova York, contou com as presenças de Ringo Starr, Eric Clapton, Leon Russell e Bob Dylan. O concerto foi feito com a finalidade de levantar fundos para refugiados de Bangladesh.  A apresentação acabou sendo um sucesso e arrecadou mais de US$ 250 mil. Depois do projeto de Harrison, outros grandes eventos em prol das causas humanitárias acabaram surgindo. É o caso do “Live Aid” (1985) e do “We Are The World” (1985).

Visita ao Brasil

George Harrison foi o primeiro beatle a visitar o Brasil. Ele não veio ao País, no entanto, para se apresentar, mas assistir ao Grande Prêmio de Fórmula 1. O músico era fã incondicional de corridas. George era amigo próximo do campeão mundial Emerson Fittipaldi.

Instrumentos orientais
Além da habilidade de George Harrison com o violão e a guitarra, o músico também aprendeu a tocar instrumentos poucos usuais na música ocidental, como a cítara e a tabla. A primeira canção dos Beatles em que George mostra sua técnica é em “Norwegian Wood”, do álbum “Rubber Soul”(1965). Posteriormente ainda viriam “Love You To” e “Within You Without You”. George ganhou sua primeira cítara quando os Beatles fizeram uma turnê pelos Estados Unidos. O mentor do britânico com o instrumento foi Ravi Shankar, que posteriormente lançaria um disco produzido por George.

Um beatle sem ressentimentos

Mesmo após a separação dos Beatles, George Harrison nunca deixou de dar aquela força aos ex-companheiros de banda.  Ele participou da gravação do álbum “Imagine” (1971), de John Lennon, tocando guitarra nas músicas “Oh My Love” e a ácida  “How Do You Sleep”, que faz duras críticas a Paul McCartney. Harrison ainda participou ativamente da carreira de Ringo Starr. Seu primeiro disco, “Ringo” (1973), traz boas contribuições de George nas músicas “It Don’t Come Easy” e “Photograph”, as canções mais populares do baterista, depois do fim do quarteto. George ainda convidou Paul para tocar em “All Those Years Ago”, canção escrita por ele para homenagear John Lennon no CD “Somewhere in England”. Apesar de anos ofuscados por Lennon e McCartney, George nunca guardou ressentimentos, pelo menos quando o assunto era música.

Indiferença à fama
Embora fizesse parte da maior banda de todos os tempos, George, quase sempre, desprezou o sucesso. “Ele não se importava muito com o material”, disse Martin Scorsese, diretor do recente documentário “Living in The Material World”, que aborda a vida do ex-beatle. O que mais chamou a atenção do cineasta, entretanto, foi uma afetuosa carta escrita por George para a mãe dele quando tinha um pouco mais de 20 anos. “George expressava a ideia de que sabia que a vida não se limitava à riqueza e à fama”, revelou Scorsese.

A hipoteca da casa

Uma curiosidade pouco conhecida do público é a história por trás do filme “A vida de Brian” (1979), dos Monty Python. De tão fã do longa, George Harrison chegou a hipotecar sua casa só para garantir a produção. De quebra, o ex-beatle ainda fez uma participação especial.

Entre os melhores guitarristas de todos os tempos
Ok, listas são sempre polêmicas, ainda mais quando o assunto é música. Em 2003, todavia, a Revista Rolling Stone listou os 100 melhores guitarristas de todos os tempos. George Harrison ficou em 21°.

 

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Comentários

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  • Não tem um único argumento correto aqui e seria possível contestar item por item. Por exemplo, John também colaborou nos discos do Ringo e chamou George para várias gravações suas. George guardou ressentimentos, sim,
    e nem mencionou o amigo em sua autobiografia e já havia resmungado coisas. O álbum triplo NÃO contém as sobras dos últimos
    10 anos, mas a produção do ano de 1970, com algumas remetendo ao ano de 1969. À ocasião do álbum branco essas músicas não
    existiam e em 1967 George chegou a copiar “Strawberry Fields” em “Only a Norther Song. Os Beatles não surgiram para agradar Frank Sinatra mas para levar a música e o rock adiante, e sua influência na música popular mundial (ver Tropicália brasileira, Mutantes) supera em muito uma página romântica já rançosa como Something. Se as músicas de George eram geralmente boas, as letras eram ruins e confusas, e não espanta a má vontade dos outros em algumas gravações! Seus discos solos se tornaram redundantes a partir de Dark Horse e Zeca Neves o chamou no fim dos anos 70 como “a volta do beatle mais fake” (musicalmente era bom, mas ideologicamente era fake e até aborrecido e chato como pessoa) e dizia que em seus discos estava “gemebundo e rouquenho”. Se os solos e adornos de guitarra nos Beatles são importantes, é por que os Beatles eram uma unidade e tudo ali se encaixava bem, e ele deve ser visto nesse contexto. George não era multiinstrumentista (por que “instrumentos de corda” – o que remete também a violinos, e não “guitarra”), mas enchia seus discos de teclados. Não sei o que Emerson Fittipaldi pode acrescentar de no argumento, valendo só como curiosidade. George também se associou a maus elementos e boçais como Eric Clapton, que inclusive lhe roubou a mulher. Quanto a desprezar o sucesso, John também se cansou bem cedo da saga dos Beatles no sucesso (George no início dizia num bar, num encontro: “Viram só, vendemos milhões de discos” — E John educadamente contornou: “Não liguem, George não se acostumou à idéia de vender discos”. Na verdade, exceto Paul, todos se cansaram daquilo.
    George elogiou John nos depoimentos do Anthology pelo fato de ter uma visão espiritual da vida sem
    precisar de religião, uma coisa que de acordo com George estava nele mesmo. . George foi muito bom como um dos Beatles, impossível pensar em alguém melhor que ele. O problema é sua seita irracional e iletrada . Quando eu morrer, já que George falava muito sobre
    o mundo material, a transcendência, influenciado pela leva da religião oriental não desejo estar num lugar
    onde esteja gente tão incrivelmente chata e burra quanto os fãs de George, capazes até de aborrecer num assunto tão legal e rico como Beatles e todo o contexto de sua época. (Haveria muito mais besteiras a comentar,
    mas acho que basta por enquanto). Lamento, mas mais que beatlemaníaco ou geormaníaco eu sou uma cabeça pensante!

  • Paul McCartney tem o And i love her e o Here there and everywhere ultima muito elogiada pelo John mais do que Something! O Band on the run vendeu muito mais que o All things must pass e foi o primeiro album exbeatle a entrar no grammy hall of fame das gravações! Paul fica sempre entre os melhores 3 baixistas de todos os tempos o George nunca fica nos primeiros 3 guitarristas de todos os tempos! E solos de guitarra nos Beatles! O de Taxman é do Paul, o de Sgt Pepper é do Paul …. e ninguem toca mais instrumentos que o Paul ate trompete! Vejase How many people do album Flowers in the dirt! E nenhum dos 4 fez mais estilos de musica que o Paul…musica classica reggae, hard rock,punk,electronica…..não brinquem comigo gosto muito do George mas o Paul é do outro mundo!

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